quinta-feira, 4 de abril de 2019

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Ideia do Arrebatamento Parcial


A Ideia do Arrebatamento Parcial

Embora alguns Cristãos acreditem na ideia de um Arrebatamento parcial, é algo tão absurdo que não é necessário que comentemos sobre isso. Poderíamos imaginar o Senhor levando apenas parte de Sua noiva para o céu? O que Ele faria no céu com meia noiva? Como poderia o casamento do Cordeiro acontecer com apenas metade da noiva presente? De qualquer forma, qual Escritura sustenta isso?
“Provai todas as coisas. Retende o correto” (1 Ts 5:21 - JND).


3) Mateus 24:29-31

Outra Escritura que é usada é Mateus 24:29-31. “E, logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá, e a Lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos”. Pensam que a vinda do Senhor nesta passagem se refere ao Arrebatamento. Consequentemente, eles equivocadamente determinam o tempo do Arrebatamento como sendo “logo depois da aflição”. Eles concluem que a Igreja, portanto, passará pela tribulação.
O problema aqui é que as pessoas estão confundindo o Arrebatamento e a Aparição. Algumas das principais diferenças são: 
  • A vinda do Filho do Homem nunca é referida como o Arrebatamento. O Arrebatamento é a vinda do Senhor para os Seus: a vinda do Filho do Homem é a vinda do Senhor com os Seus em Sua Aparição. O Arrebatamento é um mistério não feito conhecido até que foi revelado por meio do apóstolo Paulo (1 Co 15:51-52).  A vinda do Filho do Homem é algo conhecido pelos santos do Velho Testamento, porque os profetas falaram disso. (Dn 7:13-14) O Filho do Homem é um título que o Senhor toma quando Ele vem para julgar o mundo. No Arrebatamento, o Senhor não está vindo para julgar o mundo, mas para levar Sua noiva ao céu. O fato de que o título do Filho do Homem é usado em Mateus 24:29-31 deve nos mostrar que Sua vinda nessa passagem não é o Arrebatamento.
  • No Arrebatamento, o Senhor não envia Seus anjos para reunir Seus santos [a noiva] como esses versículos falam; Ele próprio vem para levá-la para Si! (1 Ts 4:16; 2 Ts 2:1).
  • A trombeta que soa aqui não é a trombeta de Deus que aparece no Arrebatamento, mas a de Isaías 27:13, Salmo 81:3, etc.
  • Os eleitos aqui não são a Igreja, mas os eleitos de Israel. (Mt 24:24; Is 45:4, 65:9; Ap 7:1-8; Rm 11:28, etc.)


2) Apocalipse 11:15


2) Apocalipse 11:15

Outra Escritura alegada para provar que a Igreja deve passar pela tribulação é Apocalipse 11:15. “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”. Este versículo mostra que quando a sétima e última trombeta for soprada no final da grande tribulação, o Senhor aparecerá e tomará posse dos reinos deste mundo por meio de julgamentos. Foi suposto que esta é “a última trombeta” mencionada no Arrebatamento (1 Co 15:51-52; 1 Ts 4:15-18). Portanto, a Igreja estaria na Terra para passar por aquela hora de provação como descrito em Apocalipse 6-11, que precede a sétima trombeta em Apocalipse 11:15. É ensinado que a Igreja será arrebatada para encontrar o Senhor nos ares, no mesmo momento Ele sai do céu para julgar o mundo.
Essa interpretação é muito problemática, porque a Palavra de Deus ensina que várias coisas devem acontecer entre o momento em que a Igreja é levada ao céu, e quando o Senhor volta do céu para julgar o mundo, como Apocalipse 11:15 mostra. Seria impossível que todas essas coisas acontecessem naquele curto espaço de tempo que essa interpretação sugere. Depois de levar Seu povo ao céu no Arrebatamento, o Senhor os levará para sentar-se à Sua mesa, onde lhes servirá a bem-aventurança celestial e gozo indescritível (Lc 12:37). Então, o tribunal de Cristo será estabelecido e a vida dos crentes passará em revisão e será recompensada adequadamente (2 Co 5:10, etc.). Os santos também terão um tempo de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo ao redor do trono no céu. Naquele tempo, eles lançarão suas coroas a Seus pés em humilde adoração a Ele (Ap 4-5). Então, o casamento do Cordeiro ocorrerá no céu, que será seguido pela ceia das bodas com muitos convidados do céu (os amigos do Esposo) presentes (Ap 19:7-8). Todas estas coisas devem acontecer depois que o Senhor levar Seu povo ao céu no Arrebatamento, e antes que Ele retorne em Sua Aparição. Essas coisas não poderiam acontecer se os santos fossem levados para os ares e então, fossem imediatamente trazidos de volta com o Senhor na Sua Aparição.

1) Segunda Tessalonicenses 2:2-3


1) Segunda Tessalonicenses 2:2-3

“Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto [como se o dia do Senhor fosse presente – JND]. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. Este versículo foi usado para significar que o dia em que o Senhor vem para a Sua Igreja (o Arrebatamento), não acontecerá antes que o anticristo e a apostasia na grande tribulação tenham acontecido.
Isso é um erro por duas razões: primeiro, é um engano supor que “o dia do Senhor” é o Arrebatamento. As escrituras não dizem isso. Há cerca de 20 referências ao “dia do Senhor” na Palavra de Deus. Algumas delas referem-se ao seu início, que é na Aparição de Cristo (2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10; 1 Ts 5:2, etc.). Outras referências são um aviso de que está “perto”, sinalizado pelo ataque do rei do norte, que ocorrerá pouco antes do início do dia do Senhor (Jl 1:15, 2:11; Sf 1:7-20; Zc 14:1-2, etc.). Mas não há nenhuma que se refira ao “dia do Senhor” como o Arrebatamento! É uma suposição dizê-lo e isso decorre de não se examinar cuidadosamente as Escrituras (At 17:11).
O dia do Senhor” é um dia de julgamento que começa na Aparição de Cristo (2 Pe 3:4, 8-10); não começa no Arrebatamento. A tribulação começa após o Arrebatamento, mas o dia do Senhor começa após a Aparição de Cristo, que é cerca de sete anos depois do Arrebatamento. “O dia do Senhor” é o tempo em que Cristo intervirá publicamente sobre os caminhos do homem na Terra em julgamento, afirmando Seu poder universal e autoridade sobre toda a Terra. “O dia do Senhor” se estenderá por 1.000 anos (2 Pe 3:8-10), que será o Milênio. O Arrebatamento nunca é visto como um dia de julgamento para este mundo, mas sim, o momento em que o Noivo e a noiva são alegremente unidos.
Entendendo essas coisas simples e básicas sobre “o dia do Senhor”, podemos ver imediatamente que Paulo não estava falando sobre o Arrebatamento em 2 Tessalonicenses 2:2-3. Ele estava mostrando aos tessalonicenses que “o dia do Senhor” e seus correspondentes julgamentos não podiam estar presentemente sobre eles, pois o anticristo e a grande apostasia da Cristandade professante tinham de acontecer primeiro. É triste dizer que falsos mestres ainda estão propondo o mesmo erro que incomodava os tessalonicenses. Eles estão incomodando os Cristãos dizendo que eles devem se preparar para a tribulação, porque a Igreja vai passar por ela. E, ironicamente, eles estão usando os mesmos três métodos para propor seu erro como os falsos mestres faziam nos dias de Paulo! 
  • Primeiro, “por espírito” (v. 2) – os falsos mestres afirmaram que receberam isto por meio de uma revelação espiritual que lhes foi dada.
  • Em segundo lugar, “por palavra” (v. 2) – os falsos mestres estavam aplicando mal as Escrituras do Velho Testamento para apoiar seu ensino errôneo.
  • Então, finalmente, “por epístola, como de nós” (v. 2) – eles chegaram a ponto de produzir uma epístola com suas ideias errôneas, e afirmaram que era de Paulo. 

Assim é hoje; aqueles que ensinam essa doutrina errônea frequentemente alegam que a receberam por meio de alguma revelação especial de Deus, e também estão tentando usar as Escrituras para apoiá-la – eles estão até mesmo tomando o ministério de Paulo (tal como essa passagem) e afirmando que Paulo ensinou que a Igreja deve passar pela tribulação.
Outra razão pela qual esta aplicação incorre em erro é que ela destrói a iminência da vinda do Senhor. A vinda do Senhor (o Arrebatamento) é sempre apresentada nas Escrituras como algo que poderia acontecer a qualquer momento. Aqueles que pensam que a Igreja deve passar pela tribulação zombam da ideia de que Ele poderia vir hoje, porque acham que é uma violação direta de sua interpretação de 2 Tessalonicenses 2:2-3. No entanto, Paulo e os outros apóstolos trabalharam para colocar a proximidade da vinda do Senhor diante da Igreja, para que fosse uma esperança presente. Estariam essas pessoas dizendo que os apóstolos estavam errados em fazer isso? Paulo disse: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso” (Fl 3:20-21). Ele também disse: “Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37). E, “Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Rm 13:11-12). E novamente, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares” (1 Ts 4:16-17). Neste último versículo, Paulo colocou-se entre os que estavam esperando o Senhor vir, dizendo: “nós”. (Veja também 1 Co 15:51-52 – “nós”). Isso era algo que ele esperava mesmo naqueles primeiros dias da Igreja. Tiago também disse: “a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8). Pedro disse: “E já está próximo o fim de todas as coisas (1 Pe 4:7). João disse: “Filhinhos, é já a última hora” (1 Jo 2:18). Isso mostra que os apóstolos ministraram de tal maneira para colocar a vinda do Senhor diante dos santos como uma esperança presente.
Ensinar que certos eventos devem acontecer antes que o Senhor venha, como o surgimento do anticristo e os horrores da tribulação, seria uma contradição direta ao ensino dos apóstolos, e destrói a iminência da “bem-aventurada esperança” (Tt 2:13).
Tirar essa “bem-aventurada esperança” da Igreja é fazer com que ela se estabeleça neste mundo – e isso é exatamente o que aconteceu em grande medida. Isso está essencialmente dizendo: “Meu Senhor tarda em vir” (Mt 24:48). Por isso mesmo, o próprio Senhor Jesus nunca nos disse quando retornaria. Mas Ele disse: “Certamente cedo venho” (Ap 22:20).

TRÊS ESCRITURAS EQUIVOCADAMENTE USADAS PARA APOIAR O ERRO DE QUE A IGREJA IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


TRÊS ESCRITURAS EQUIVOCADAMENTE USADAS PARA APOIAR O ERRO DE QUE A IGREJA IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


Em um esforço para ajudar aqueles que podem ter dificuldades neste ponto, selecionamos as três principais Escrituras que levaram alguns a crer erroneamente que a Igreja passará pela tribulação. Em cada uma dessas passagens, nosso desejo é mostrar, com a ajuda do Senhor, como ocorreu o erro e qual é o verdadeiro significado da passagem. Acreditamos que a maior parte da confusão sobre este ponto tenha surgido dos Cristãos lendo as Escrituras descuidadamente e sem um espírito de oração.

18) O Juízo de Jericó (Josué 2-6)


18) O Juízo de Jericó (Josué 2-6)

A sentença de juízo foi pronunciada sobre Jericó e o povo de Canaã (Êx 23:27). Antes que o juízo caísse naquela cidade, Deus providenciou um meio de proteção sob um “cordão de fio de escarlata” para aqueles que tinham fé (Js 2). Isso tipicamente prediz a história do juízo que está prestes a cair sobre este mundo culpado e condenado (At 17:31; 2 Ts 1:7-9). Deus em misericórdia providenciou um abrigo para todos, sob o sangue de Cristo. No capítulo 6, o juízo caiu sobre Jericó como advertido. Mas antes que isso acontecesse, Josué primeiro levou ao fim a jornada dos filhos de Israel no deserto, levando-os para sua terra prometida. É significativo que os capítulos que tratam de Israel sendo levado para a terra de Canaã (Js 3-4) venham antes do juízo cair sobre Jericó (Js 6). Antes que o juízo caia sobre este mundo, o Senhor Jesus Cristo, como Josué, acabará com a longa jornada da Igreja no deserto neste mundo, chamando-a à sua Canaã celestial. É notável que o juízo de Jericó tenha acontecido na época da ceifa (Js 3:15). O juízo deste mundo é também chamado de ceifa (Mt 13:39-42; Ap 14:15-20; Jl 3:9-16).

17) Moisés e Zípora (Êxodo 1-12)


17) Moisés e Zípora (Êxodo 1-12)

Moisés é outro tipo do Senhor Jesus Cristo. Ele foi o libertador designado por Deus para os filhos de Israel que estavam sob a escravidão tirânica de faraó no Egito (Êx 3:10; At 7:35). Faraó, o governante do Egito, é um tipo de Satanás, o deus e príncipe deste mundo. Moisés ansiava pelo seu povo e desejava que eles fossem libertados. Quando foi a eles, Moisés matou um de seus opressores egípcios, mostrando seu desejo de derrotar seu inimigo e tirá-los da escravidão. Mas seus esforços foram todos mal interpretados por seus irmãos, que disseram: “Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós?” (At 7:35; Êx 2:14) Consequentemente, eles o rejeitaram. Isso é um tipo dos judeus que rejeitaram o Senhor em Sua primeira vinda. Em essência, eles disseram a mesma coisa: “Não queremos que Este reine sobre nós” (Lc 19:14; Jo 1:11).
Tendo sido rejeitado, Moisés fugiu de seu povo para a terra de Midiã (Êx 2:11-4:19). No tempo deste afastamento de seus irmãos, ele recebeu uma esposa gentia, Zípora (Êx 2:21). Ela é outro tipo da Igreja que está sendo chamada pelo evangelho hoje. Zípora deu a Moisés um filho e o chamaram de Gérson, que significa “um estrangeiro aqui”. Isso fala do caráter que a Igreja deveria ter neste mundo como peregrinos e estrangeiros (1 Pe 2:11).
O ponto que precisamos ver nisso é que Moisés recebeu sua esposa gentia antes que os juízos (as dez pragas) começassem a cair sobre o Egito. Assim, Cristo terá Sua noiva (a Igreja) Consigo mesmo em glória, antes que os juízos da tribulação caiam neste mundo.
Depois de muitos anos, Deus enviou Moisés de volta para os filhos de Israel, que ainda estavam lutando sob seus opressores gentios (um tipo dos “tempos dos gentios” – Lc 21:24; Êx 3:10; 4:19). Moisés retornou à terra do Egito e começou a mostrar-se a seus irmãos que um dia o tinham rejeitado. Esta é uma figura do Senhor retomando Suas tratativas com a nação de Israel depois de ter levado a Igreja para o céu. Quando Moisés retornou aos seus irmãos no Egito, Deus começou a derramar juízo sobre aquela terra na forma das dez pragas (Êx 7-12:36). Deus milagrosamente preservou Israel no meio de todos os juízos que se tornaram sinais de confirmação de que Deus estava trabalhando em favor deles (Sl 78:43, 105:27; Êx 7:3; 8:22-23). Isso fala de como Deus preservará um remanescente de Israel durante a tribulação (Ap 7:1-8). Mas onde estava Zípora todo o tempo enquanto os juízos estavam caindo sobre o Egito? Ela não estava lá! Moisés a enviou de volta à terra de Midiã antes que os juízos viessem de Deus (Êx 18:1-2). Ela não é mencionada nenhuma vez durante as pragas. Ela não apareceu em cena até depois que todos os juízos caíram sobre o Egito e os filhos de Israel foram libertados.
Da mesma forma, a Igreja não aparecerá publicamente até que a tribulação termine, quando o Senhor virá para manifestar Sua noiva a um mundo maravilhado (2 Ts 1:10).

16) José e Asenate (Gênesis 37-50)


16) José e Asenate (Gênesis 37-50)

José (ou Zafenate Paneia, que significa “Salvador do mundo” – Tradução J. N. Darby, nota de rodapé em Gênesis 41:45) é outro tipo bem conhecido do Senhor Jesus Cristo. Ele foi rejeitado por seus irmãos, que são tipos da nação judaica (Gn 37), e levado para o exterior entre os gentios (Gn 39-41). Depois de ele ter sido levado para o Egito entre os gentios, houve um período de bênção naquela terra seguida por uma época de fome. O tempo de bênção corresponde à presente dispensação da graça. O tempo da fome corresponde ao período vindouro da tribulação que virá sobre este mundo. É interessante notar que, enquanto José estava afastado de seus irmãos (tipo dos judeus), ele recebeu uma noiva gentia, Asenate (Gn 41:45). Ele a tomou no tempo de abundância antes da fome! Ela é um tipo da Igreja. Ela foi trazida para sua casa para compartilhar seu lugar real no trono do Egito antes do início do período de fome, que novamente aponta para o fato de que a Igreja será levada para casa em glória antes do tempo da tribulação. Durante o tempo de fome, José trabalhou para restaurar seus irmãos para si (Gn 42-45). Então, Cristo também tratará com Israel na tribulação para restaurá-los para Si. Primeiro os dez irmãos de José (uma figura do remanescente judeu) que eram culpados de rejeitá-lo, foram restaurados a ele (Gn 45:1-15); então, toda a família foi trazida e a ele reunida (Gn 46). Eles são uma figura das tribos de Israel sendo restauradas ao Senhor depois que os judeus forem restaurados a Ele após Sua Aparição (Mt 24:30-31).

15) Lia e Raquel (Gênesis 28-30)


15) Lia e Raquel (Gênesis 28-30)

Jacó, enviado por seu pai, é uma figura de Deus Pai enviando Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo para este mundo (1 Jo 4:14). Jacó saiu da casa de seu pai por dois motivos: em primeiro lugar, por causa do pecado (Gn 27), e também para garantir uma noiva para si (Gn 28:15). Quando Jacó chegou ao país distante, viu Raquel no campo (que é um tipo de Israel) e desejou tê-la como esposa. Amando-a, Jacó concordou em comprá-la por meio de sua própria labuta pessoal. Esta é uma figura da obra e da labuta que o Senhor Jesus Cristo realizaria na cruz, a fim de que pudesse ter Israel em um relacionamento Consigo mesmo, no terreno de redenção.
Quando chegou a hora de Jacó receber Raquel, Labão traiçoeiramente o enganou, de modo que ele não conseguiu Raquel. Lia lhe foi dada em seu lugar. Lia é um tipo da Igreja. Deus permitiu que isso acontecesse a Jacó, para que pudéssemos ter essa maravilhosa figura de Seus caminhos com Israel e com a Igreja. Isto nos conta a história dos caminhos dispensacionais de Deus; quando Israel não foi entregue, Deus deu a Igreja ao Seu Filho em seu lugar, para que Ele tivesse uma noiva. Depois que Jacó recebeu Lia, ele mais tarde recebeu Raquel. Isto aponta para o tempo quando Deus terá terminado a Sua obra entre os gentios chamando a Igreja (At 15:14; Rm 11:25), e então Ele dará Israel ao Seu Filho para que Ele possa tê-la como Sua noiva terrena (Os 2:6-17; Is 62:4-5).
Jacó teve duas noivas: Lia (tipo da Igreja) foi recebida antes, apesar de Jacó primeiro ter feito seus avanços em direção à Raquel (tipo de Israel). Enquanto o ventre de Lia estava aberto e sendo frutífero tendo filhos, o ventre de Raquel era estéril (Gn 29:31). Isso corresponde aos dias atuais. Enquanto a Igreja está dando frutos para Deus, Israel tem sido estéril (Is 54:1; Os 3:4; Mt 21:19-21).
O ponto a se ver aqui é que Lia teve todos os seus sete (um número que significa completude) filhos antes de Raquel começar a conceber para ter seus filhos (Gn 30:22, 35:16). O parto de Raquel é uma figura da futura aflição de Israel na tribulação (Is 66:7-8; Jr 30:6-7; Mq 4:9-10, 5:3; 1 Ts 5:3). Lia terminou suas concepções antes do início da concepção de Raquel! Quão maravilhosa precisão desses tipos! (Sl 119:161).
A Igreja também terá terminado seu curso e testemunho de frutificação neste mundo, antes que Israel (os realmente judeus) passe pelo seu tempo de parto na tribulação.

14) Abraão e Ló (Gênesis 18-19)


14) Abraão e Ló (Gênesis 18-19)

Abraão, habitando na montanha em comunhão com o Senhor, é uma figura do Cristão de mente celestial que vive em comunhão com Deus. Ló, envolvido nas coisas de Sodoma é uma figura do Cristão de mente terrena, vivendo para interesses deste mundo. Deus estava prestes a derramar o juízo sobre Sodoma, mas Ele não o faria até que Ló primeiro fosse tirado de lá. O anjo disse a Ló: “Apressa-te, escapa-te para ali; porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado” (Gn 19:22). O juízo igualmente virá sobre este mundo. Isso vai acontecer no período da tribulação, mas Deus não permitirá que sequer um vestígio do juízo caia, até que Ele tenha primeiro tirado todo crente verdadeiro do mundo, independentemente de quão mundano possa ser – como Ló tristemente ilustra (2 Pe 2:7-8).

13) Enoque e Noé (Gênesis 5:21-9:17)


13) Enoque e Noé (Gênesis 5:21-9:17)

Enoque é um tipo bem conhecido da Igreja. Ele andou em comunhão com Deus e advertiu o mundo do juízo vindouro (Jd 14-15), e então, o Senhor o levou para o céu. Enoque é diferente dos patriarcas por não ter visto a morte; ele foi levado vivo para o céu. Ele foi transladado para o céu antes que o juízo de Deus viesse sobre a Terra pelo dilúvio. Deus não trouxe o dilúvio ao mundo até depois de Enoque ter sido levado para o céu. O dilúvio é um tipo do juízo que virá sobre o mundo na tribulação (2 Pe 3:3-10; Lc 17:26-27). Noé e sua família que passaram pelo dilúvio na arca são um tipo do remanescente judeu poupado, que será preservado por Deus na tribulação.

TIPOS DO VELHO TESTAMENTO QUE CONFIRMAM QUE A IGREJA NÃO IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


TIPOS DO VELHO TESTAMENTO QUE CONFIRMAM QUE A IGREJA NÃO IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO

Há também muitos tipos do Velho Testamento que confirmam o fato de que a Igreja não irá passar pela tribulação. Ensinar de outra maneira destrói a verdade que o Espírito de Deus pretende transmitir nestas belas imagens.

12) O Fato de que o Evangelho da Graça de Deus Não Será Pregado na Tribulação Mostra que o Arrebatamento Terá Ocorrido


12) O Fato de que o Evangelho da Graça de Deus Não Será Pregado na Tribulação Mostra que o Arrebatamento Terá Ocorrido

“O evangelho da graça de Deus” (At 20:24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4:23, 24:14) que será pregado por aqueles na tribulação, são totalmente diferentes. São dois evangelhos distintos pregados por dois propósitos distintos. O evangelho da graça de Deus chama as pessoas para o céu: o evangelho do reino chama as pessoas para bênção na Terra. O evangelho que está sendo pregado hoje contém uma esperança, um chamado e um destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1:5; 1 Pe 1:4; Fl 3:20; 2 Co 5:1-2; Hb 3:1), ao passo que o evangelho do reino que será pregado na tribulação contém uma bênção terrena sob o reinado de Cristo no Milênio (Mt 24:14; Sl 96).
O evangelho do reino anuncia as boas novas de que o reino prometido no Velho Testamento (2 Sm 7:16; Dn 2:44-45, 7:9-27) está prestes a ser estabelecido, e aqueles que receberem o Rei em fé terão uma parte em sua bênção terrena. Ele foi pregado primeiro por João Batista no tempo da primeira vinda do Senhor (Mt 3:1-2). O Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4:23, 10:7). Sua pregação era chamar a nação ao arrependimento, assim, estaria em condições de receber o Rei, e se O tivessem recebido, Ele teria estabelecido o reino como prometido pelos profetas do Velho Testamento. Mas, infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e, assim, perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação. Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino não foi mais anunciado porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Deus, em vez disso, enviou o evangelho da Sua graça ao mundo gentio para chamar dele um povo para o Seu nome (At 13:44-48, 15:14; Rm 11:11). Este evangelho ainda está sendo pregado hoje. O evangelho do reino será pregado novamente pelo remanescente judeu depois que a Igreja for chamada para o céu. Naquele tempo Deus retomará Suas tratativas com Israel onde Ele parou, há quase 2.000 anos. Israel será salvo (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9:6-8, 11:26-27) naquele dia, e o reino será estabelecido em poder (Ap 11:15).
O ponto que precisamos ver nisto, é que não há menção do evangelho da graça de Deus sendo pregado durante a tribulação. A razão óbvia é porque esse evangelho chama os crentes para fazerem parte da Igreja e, como a Igreja não estará na tribulação, ele não será anunciado.
Deus não enviará dois evangelhos diferentes ao mesmo tempo. Seria confusão e confundiria o chamado celestial com o chamado terrenal com suas respectivas esperanças e destinos. Se entendermos o evangelho da graça de Deus que é pregado hoje, saberemos que é impossível ter ao mesmo tempo no período da tribulação, a Igreja e o remanescente judeu crente. As Escrituras indicam que aqueles que creem no evangelho da graça de Deus são tirados de entre os judeus e os gentios (At 15:14, 26:17) e colocados em algo completamente novo e celestial, “a Igreja de Deus”. Portanto, existem atualmente três grandes distinções entre os homens na Terra; os judeus, os gentios e a Igreja de Deus (1 Co 10:32). A cruz de Cristo acabou com a distinção entre judeus e gentios para os que creram no evangelho (Gl 3:28; Cl 3:11). Aqueles que creem nesse evangelho não fazem mais parte das duas companhias em que antes estavam, mas agora fazem parte da Igreja. Quando um judeu crê no evangelho, ele se torna parte da Igreja (Rm 11:5; Gl 6:16 – “o Israel de Deus”). Como então poderia haver o remanescente crente de judeus ao mesmo tempo? Isso mostra que não pode haver a Igreja e o remanescente judeu crente na Terra ao mesmo tempo.

11) Não há Instruções para os Cristãos na Tribulação


11) Não há Instruções para os Cristãos na Tribulação

Em Mateus 24:16-26, e nas outras referências à tribulação, aqueles que são instruídos a fugir são claramente judeus, e não Cristãos. Se os Cristãos tivessem de passar pela tribulação, por que não lhes são dadas instruções sobre como se preparar para isso? A resposta óbvia é que não haverá Cristãos na tribulação.
É verdade que milhares se voltarão para Deus em fé durante esse tempo (Ap 7:9), mas eles não são Cristãos. Eles serão nascidos de novo e compartilharão a bênção do reino de Cristo na Terra e povoarão a Terra milenar (Ap 7:10-17). Os Cristãos, por outro lado, foram chamados para fora de entre os judeus e os gentios pelo evangelho, para passar a eternidade com Cristo no céu.

10) A Vinda de Cristo Para os Seus Santos Acontece Antes do Fim dos Tempos.


10) A Vinda de Cristo Para os Seus Santos Acontece Antes do Fim dos Tempos.

Primeira Coríntios 15:23-24 diz: “Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na Sua vinda; Depois virá o fim”. Observe a ordem. Cristo é ressuscitado primeiro, seguido por aqueles que são Seus em Sua vinda (o que acontece no Arrebatamento – 1 Ts 4:15-18); então virá “o fim”. O “fim” refere-se de maneira geral a todos os eventos do fim dos tempos – incluindo, é claro, a tribulação e o Milênio que a segue (Mt 13:39, 24:3-14; Dn 11:40, 12:4, 8, 9, 13). O que poderia ser mais claro? O povo do Senhor é levado para o céu antes que venha o fim.

9) O Espírito de Deus Deve Ser Tirado Primeiro


9) O Espírito de Deus Deve Ser Tirado Primeiro

2 Tessalonicenses 2:6-12 mostra essa mesma ordem sob outra perspectiva. Ele diz: “O mistério da injustiça opera: somente há Um que agora resiste até que do meio seja tirado, E então será revelado o iníquo”. Estes versículos mostram que o curso do mal neste mundo hoje em dia está sendo impedido de atingir seu ápice, por causa da presença e do poder do Espírito Santo na Terra. Quando o Espírito for “tirado” da Terra no Arrebatamento, então, e somente então, “o iníquo” (o anticristo) surgirá e enganará a muitos. Mais uma vez, a ordem é simples. Primeiro, o Espírito é tirado no Arrebatamento, depois muitos são levados pelo anticristo na grande tribulação.
Alguns podem fazer a pergunta: “Como sabemos quando o Espírito será tirado e terá ido embora?” Fica evidente pelas seguintes três Escrituras que isso é no Arrebatamento. Primeiramente, o Senhor prometeu aos Seus discípulos, na noite em que foi traído, que quando o Espírito de Deus viesse habitar na Igreja, seria para sempre (Jo 14:16-17). Quando a Igreja for chamada para fora deste mundo no Arrebatamento, o Espírito de Deus também irá junto, porque o Senhor disse que Ele (o Espírito) nunca a deixaria.
Em segundo lugar, nos três primeiros capítulos do livro de Apocalipse, quando a Igreja é vista na Terra, o Espírito é visto como falando às Igrejas repetidas vezes. Mas após o encerramento do capítulo 3, quando a Igreja não é mais vista na Terra, o Espírito não é mencionado novamente até os capítulos 14:13 e 22:17, que se referem a um período depois da tribulação. (Compare os capítulos 2:7, 11, 17, 29, 3:6, 13, 22, com o capítulo 13:9. Observe a ausência marcante da menção do Espírito).
Em terceiro lugar, em Gênesis 24, onde uma noiva (um tipo da Igreja) é procurada para Isaque (um tipo de Cristo), pelo servo (um tipo do Espírito de Deus). Uma vez que a noiva foi assegurada pelo servo, ele a levou para casa até Isaque, que estava esperando por ela. Assim como o servo foi para casa com a noiva, assim o Espírito Santo irá para o céu com a Igreja quando o Senhor vier para nós.
Isso não significa que o Espírito de Deus deixará de agir na Terra após o Arrebatamento. Ele continuará a trabalhar na Terra, estando no céu, como fez nos tempos do Velho Testamento, vivificando as almas, etc. Essas três passagens mostram que quando a Igreja for chamada para fora deste mundo no Arrebatamento, o Espírito não mais residirá na Terra.

8) A Saída é Antes da Caída


8) A Saída é Antes da Caída

Em 2 Tessalonicenses 2:1-5, o apóstolo Paulo novamente coloca “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com Ele” (o Arrebatamento), como acontecendo antes do surgimento do anticristo e da grande “apostasia” que ocorrerá na grande tribulação. A ordem é simples. Primeiro há o Arrebatamento da Igreja (v. 1), depois a apostasia da Cristandade professa seguindo o “homem do pecado” – o anticristo (v. 3-4).
Os crentes tessalonicenses estavam passando por perseguições por sua fé em Cristo (2 Ts 1:4-5). Falsos mestres tinham vindo entre eles (v. 2), ensinando que “o dia do Senhor” e o juízo relacionado com ele estavam próximos. Esse ensinamento os perturbou. Eles pensaram que teriam de passar pelos horrores da tribulação. O apóstolo Paulo escreveu esta segunda epístola para expor o ensinamento maligno. Ele lhes ensinou que “o dia do Senhor” não poderia vir sobre eles, porque duas coisas teriam de acontecer primeiro; a revelação do “homem do pecado” (anticristo) e a grande apostasia dos crentes meramente professos seguindo a ele.
Algumas pessoas têm a ideia de que “o dia do Senhor” é o Arrebatamento. Não há, no entanto, nenhuma Escritura para apoiar isso. “O dia do Senhor” é um dia de julgamento que começa na Aparição de Cristo, no final da tribulação. É o tempo em que o Senhor intervirá publicamente sobre os caminhos do homem, afirmando Seu poder e domínio universais sobre os céus e a Terra. “O dia do Senhor” continuará por toda a duração do reinado de 1.000 anos de Cristo; momento em que (no final do dia do Senhor) os céus e a Terra se desfarão (2 Pe 3:8-10).

7) O Alarido é Antes da Proclamação da Paz e Segurança


7) O Alarido é Antes da Proclamação da Paz e Segurança

O apóstolo Paulo, em sua epístola aos tessalonicenses, claramente coloca o Arrebatamento (1 Ts 4:15-18) como acontecendo antes do tempo da tribulação, quando “paz e segurança” serão prometidas pela besta e pelo anticristo, por meio de falsa proteção do império romano recém-renascido (1 Ts 5:1-3).
Além disso, um exame mais atento da passagem mostrará que aqueles “apanhados” (JND) no Arrebatamento (no capítulo 4) são tratados como uma classe diferente de pessoas, em relação àqueles a quem são prometidas “paz e segurança” na tribulação (no capítulo 5). Isso é indicado pela mudança da primeira pessoa do plural para a terceira pessoa do plural. As palavras mudam de “nós” quando se refere àqueles que foram levados no Arrebatamento, para “eles” quando se referem àqueles que receberão a falsa paz e segurança na tribulação. Essa mudança não é acidental; o Espírito de Deus está indicando duas classes diferentes de pessoas. Os santos arrebatados – a Igreja (1 Ts 4:15-18) e aqueles que estarão no tempo da tribulação.
Paulo, sendo um Cristão, colocou-se entre aqueles que poderiam estar na Terra quando o Senhor viesse (o Arrebatamento), dizendo “nós”. Mas é significativo que ele não se referiu a si mesmo entre aqueles que estariam na Terra durante o tempo em que a “paz e a segurança” (1 Ts 5:3) serão prometidas pela besta. Isto, obviamente, é porque ele buscou colocar a esperança da vinda do Senhor diante dos santos, como uma coisa iminente, que é a esperança correta do Cristão.

6) Deus Não Destinou a Igreja à Ira


6) Deus Não Destinou a Igreja à Ira

Primeira Tessalonicenses 5:9-10 diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira (o juízo vindouro), mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”.
O aspecto da salvação neste versículo não é o da salvação eterna da alma; que os Cristãos já têm. Há, no entanto, outro aspecto da salvação na Bíblia que é algo futuro. Por exemplo, a Palavra de Deus diz: “porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Rm 13:11, 5:9, 8:23-25; Ef 4:30; Hb 9:28; 1 Pe 1:5). Este aspecto da salvação é a salvação dos nossos corpos, quando o Senhor vier e nos tirar deste mundo. “Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo: Que transformará o nosso corpo abatido [de humilhação – ARA], para ser conforme o Seu corpo glorioso [corpo de glória – JND], segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas(Fl 3:20-21; 1 Co 15:51-56).
O versículo de 1 Tessalonicenses 5:9 nos diz que a Igreja foi destinada a obter essa salvação, e não a ira que está por vir ao mundo.

5) À Igreja Foi Prometido Livramento da Ira Vindoura


5) À Igreja Foi Prometido Livramento da Ira Vindoura

Os Cristãos são instruídos a “esperar dos céus a Seu Filho, a Quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1:9-10). Há “ira” vindo sobre este mundo; este é o juízo que cairá na tribulação. Essa “ira” é mencionada dez vezes no livro de Apocalipse. Capítulos 6:16, 17, 11:18, 14:10, 19, 15:1, 7, 16:1, 19, 19:15. Note, todas as referências são depois de Apocalipse 4:1, onde a Igreja é vista como levada para o céu. Isso mostra que a Igreja já terá ido quando os juízos da tribulação forem derramados. O Senhor Jesus os livrará antes que a ira caia. Compare também Romanos 5:9.

4) O Livramento da Igreja é Diferente do de Israel


4) O Livramento da Igreja é Diferente do de Israel

Em Apocalipse 3:10, é prometido à Igreja que ela será guardada “da” hora da tentação vindoura. O próximo versículo (11) mostra como será guardada – “Eis que venho sem demora”. Este é o Arrebatamento. Mas note: nenhuma promessa como esta é feita a Israel. De Israel é dito como sendo salvo “no” tempo da angústia (Jr 14:8). Deus graciosamente preservará um remanescente piedoso deles durante a tribulação.

3) O Esboço do Livro de Apocalipse Mostra que a Igreja Não estará na Terra Durante a Tribulação


3) O Esboço do Livro de Apocalipse Mostra que a Igreja Não estará na Terra Durante a Tribulação

Ao obter-se um simples traçado do livro de Apocalipse, percebemos vários pontos que mostram claramente que a Igreja não estará na Terra quando os juízos da tribulação forem derramados.
Existem três divisões gerais no livro, dadas no capítulo 1:19: 
  • “As coisas que tens visto” – referem-se ao que o apóstolo João viu no capítulo 1.
  • “As coisas que são” – referem-se aos capítulos 2 e 3, que contêm as cartas do Senhor às sete Igrejas, sendo uma história moral da igreja professa na Terra, iniciada logo após o tempo dos apóstolos, até seus últimos dias.
  • “As coisas que depois destas hão de acontecer” – referem-se aos capítulos 4 a 22, em que a tribulação é descrita. Esta terceira divisão é chamada “daqui em diante” (Ap 4:1 – KJV) porque trata de coisas que acontecerão depois que a Igreja terminar sua história na Terra. 

É instrutivo ver que depois dos capítulos 2 e 3, uma porta no céu se abre e João é chamado a “subir” (Ap 4:1). Esta é uma pequena figura da Igreja sendo chamada para o céu depois de haver terminado o seu curso na Terra, pela vinda do Senhor (o Arrebatamento). Do capítulo 4 até o final do livro, a Igreja não é mais vista na Terra como nos capítulos 1 a 3. Quando os juízos da tribulação são derramados nos capítulos 6 a 19, a Igreja não é mencionada nenhuma vez!
Além disso, aqueles que serão martirizados por sua fidelidade durante a tribulação, indicado pelo caráter de suas orações, não são Cristãos (Ap 6:9-10). Em primeiro lugar, a maneira pela qual se dirigem a Deus como “santo Dominador” mostra que eles não são Cristãos. Os Cristãos não se dirigem a Deus dessa maneira; eles falam com Deus como Pai (Ef 1:2; Cl 1:2). Em segundo lugar, eles oram por vingança sobre os habitantes da Terra que os perseguiram. Isso está correto e apropriado para um judeu (Salmos imprecatórios), mas certamente não é a atitude de um Cristão. Os Cristãos abençoam aqueles que os amaldiçoam e oram por aqueles que os caluniam (Lc 6:27-28), mas não invocam juízo sobre seus perseguidores (Rm 12:19-21).
No capítulo 7, nos é dito quem sai da tribulação no final. Os eleitos de Israel (vs. 1-8) e uma grande multidão de gentios (vs. 9-17). Mas não há menção de Cristãos! Eles não saem da tribulação porque não entram na tribulação. Como já mencionado, eles são chamados para o céu antes disso começar.
Note também, quando a Igreja é vista na Terra (nos capítulos 2 e 3) a expressão “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”, é repetida muitas vezes. Mas depois que a Igreja é vista como tendo sido levada (Ap 4:1), quando a tribulação está ocorrendo, a expressão é ligeiramente alterada. Ela diz: “Se alguém tem ouvidos, ouça” (Ap 13:9). A frase “o que o Espírito diz às igrejas” é propositadamente abandonada! A razão óbvia para isso é que a Igreja é considerada como já arrebatada. O Espírito não está mais se dirigindo à Igreja porque a Igreja é vista como não estando mais na Terra.
Então finalmente no capítulo 19:11-21, no final da tribulação, vemos a Igreja como parte dos exércitos do céu (os santos celestiais), vindo do céu com o Senhor em guerra. Para que ela possa vir do céu com o Senhor (1 Ts 3:13, 4:14; Jd 14, etc.), teve antes que ser levada. A única coisa que se correlaciona com isso é o Arrebatamento que, como demonstramos, acontece antes de a tribulação começar.
Além disso, se os santos fossem levados pelo Senhor ao céu no final da tribulação, então quem seria deixado para povoar a Terra milenar? Com os ímpios sendo enviados para o castigo eterno, a Terra ficaria vazia de pessoas! (Os santos arrebatados para estarem com o Senhor no ar, não voltam a viver na Terra. Eles reinarão sobre a Terra nos “lugares altíssimos” (JND) – Dn 7:18, 22, 27, 2 Co 5:1).

2) A Igreja Não é o Assunto da Profecia


2) A Igreja Não é o Assunto da Profecia

O fato é que a profecia, propriamente falando, não tem a ver com a Igreja, mas com Cristo e Seus tratamentos com Israel e as nações gentias que passam pela tribulação e entram no reino milenar.
As setenta semanas de Daniel (Dn 9:24-27) mostram claramente que os eventos concernentes a Israel e à profecia tiveram uma suspensão no final da sexagésima nona semana, quando os judeus “tiraram [cortaram – AIBB] seu Messias por meio da morte. Ainda restam sete anos (a septuagésima semana) a serem cumpridos na profecia a respeito de Israel; isso não será cumprido até que Deus novamente retome Suas tratativas com eles em um dia futuro. Estamos agora nos “tempos oportunos” da graça de Deus (1 Tm 2:6 – ARA) quando Deus está chamando crentes de entre judeus e gentios, para serem um povo para Si mesmo (At 15:14). A profecia sobre a tribulação não tem a ver com este tempo. É uma má interpretação da Escritura profética, tentar correlacionar eventos que estão acontecendo hoje, com eventos da profecia, supondo que eles estão sendo cumpridos agora.

1) Nunca é falado da tribulação em conexão com a Igreja


1) Nunca é falado da tribulação em conexão com a Igreja

oito passagens principais da Escritura que falam diretamente da tribulação (Mt 24:3-29; Mc 13:4-24; Ap 3:10; 7:14-17; Dt 4:30-31; Jr 14:8, 30:4-7; Dn 12:1). Pensamos que se a Igreja fosse passar pela tribulação, pelo menos uma dessas passagens falaria dela, mas não há referência alguma da Igreja estando na tribulação, ou tendo qualquer conexão com ela! (Quando falamos da Igreja queremos dizer Cristãos, que são os membros do corpo de Cristo.) Isso por si só é significativo. Significa que aqueles que creem nesse erro deduziram isso das Escrituras de alguma forma.
Em Mateus 24 e Marcos 13, o Senhor estava falando aos Seus discípulos judeus, que são representantes do remanescente judeu de crentes que estaria na tribulação. Isto é fundamentado pelos comentários que o Senhor fez a eles. Ele falou sobre o que deveriam fazer quando o templo e “o lugar santo” fossem contaminados pela “abominação da desolação” (v. 15). Falou sobre a terra da “Judéia” (v. 16), sobre o “Sábado” (v. 20), sobre “as tribos da terra [de Israel]” sendo reunidas (vs. 30-31) e da “a figueira” – um símbolo bem conhecido de Israel (v. 32). Ele também falou da “vinda do Filho do Homem”, que é um título usado na Escritura para as relações do Senhor com Israel e as nações gentias da Terra, e nunca com a Igreja. (Quando é mencionada Sua vinda para a Igreja – o Arrebatamento – Ele é referido como o Senhor ou Noivo). Todas essas coisas indicam que o Senhor não estava se referindo aos Cristãos em relação à tribulação. Os Cristãos não têm nada a ver com um templo físico e um lugar santo para adorar. Nem têm nada a ver com o dia do Sábado, etc. Isso obviamente se aplica aos judeus.
Apocalipse 3:10 fala sobre a tribulação vindo sobre o mundo, mas não sobre a Igreja. Na verdade, o Senhor diz nessa passagem que Ele “guardará” os Cristãos “da hora da tentação”!
Em Apocalipse 7:14 é falado da tribulação em conexão com as nações gentias (Ap 7:9).
Em Deuteronômio 4:30-31 é falado da tribulação em conexão com Israel (Dt 4:1).
Jeremias 30:4-7 refere-se à tribulação como “angústia para Jacó”. Não diz “angústia para Igreja”. Também acrescenta que essas coisas eram concernentes a Israel e Judá.
Daniel 12:1, diz duas vezes que “o tempo de angústia” (a tribulação) estará sobre “os filhos de teu povo”. O povo de Daniel era judeu.
Estas referências mostram que a tribulação tem a ver com Israel e as nações gentias da Terra. A Igreja nunca é mencionada! Este fato, por si só deveria ser suficiente para convencer qualquer alma de ânimo pronto de que a Igreja não estará nem passará pela tribulação.
À medida que avançarmos, ficará cada vez mais evidente que a maior parte da dificuldade que as pessoas têm sobre esse assunto, decorre de não distinguirem Israel da Igreja. Este tem sido um problema de longa data entre os Cristãos, e pode ser encontrado nos primeiros séculos da história da Igreja, onde mestres judaizantes ensinavam que a Igreja e Israel se mesclam (conhecidas hoje como Teologia “Reformada” ou “Aliança”). Esse sistema de ensino não vê a verdadeira natureza, o chamado, o caráter e a esperança da Igreja como pertencentes ao céu. Em vez disso, tudo é feito para ser algo terreno, que é a porção de Israel. Há traduções da Bíblia (como a NVI) que não ajudaram no problema. Por exemplo, Efésios 3:6 é traduzido: “Pelo evangelho, os gentios são herdeiros juntamente com Israel”. Sem qualquer autoridade dos manuscritos gregos, os tradutores acrescentaram “com Israel”. Isso ocorre principalmente porque alguns dos que fizeram o trabalho de tradução sustentam esses ensinamentos errôneos e involuntariamente permitiram que sua doutrina se infiltrasse no texto. Não é com Israel que os crentes dentre os gentios são herdeiros no dia da graça, mas com Cristo e todos os redimidos que estão em Cristo (Rm 8:17).
Com fundamento na obra consumada de Cristo na cruz e Sua ressurreição e ascensão em glória, Deus iniciou toda uma nova ordem de coisas conhecida como a Igreja. Isso começou no Pentecostes. (At 2:1-4, 47, 5:11, 11:15 “ao princípio”). A palavra Igreja (ekklesia – em grego) significa “chamada para fora” e descreve apropriadamente o que Deus está fazendo atualmente, chamando os crentes de entre os judeus e os gentios (At 15:41, 26:17). Em virtude de o Espírito descer ao mundo e fixar residência naquela companhia de crentes no dia de Pentecostes, Ele os uniu a Cristo que é a Cabeça da Igreja (Ef 5:23), e desse modo, esse algo novo e celestial foi formado (1 Co 12:13). Isto é claramente visto na conversão de Saulo de Tarso. Quando ele foi salvo, a Escritura diz que ele foi tirado do meio do povo (Israel) e das nações (gentios) e colocado em uma posição inteiramente nova diante de Deus como um membro do corpo de Cristo. Ele foi então enviado para pregar o evangelho para aqueles entre as nações que, por crerem em Cristo, também poderiam ser trazidos a esta nova posição de privilégio e bênção (At 26:17-18).
Isso mostra que a Igreja é algo claramente diferente de Israel. Ao ler as Escrituras, é importante não confundir as diferentes bênçãos, privilégios, esperanças e destinos de cada um. O “obreiro” fiel “dividirá corretamente a palavra da verdade” (KJV) e fará essa importante distinção no ensino bíblico (2 Tm 2:15).

APÊNDICE - A IGREJA NÃO IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


APÊNDICE

A IGREJA NÃO IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO

As seguintes referências das Escrituras confirmam que a Igreja não irá passar pelo período de sete anos da tribulação.

A Palavra Final do Senhor


A Palavra Final do Senhor

Cap. 22:20-21 – O Senhor fala uma última vez. “Certamente cedo venho”. Isso novamente faz com que a noiva diga com ainda mais intensidade: “Ora vem, Senhor Jesus”. Vemos nisso a postura correta em esperar que o Senhor venha. A noiva não pede para que os eventos desta profecia se cumpram; ela pede que seu Senhor venha. Enquanto isso, o Senhor promete nos dar a necessária “graça” para continuarmos no caminho da fé até que esse momento chegue.

Três Anúncios da Vinda do Senhor


Três Anúncios da Vinda do Senhor

Antes disso, anjos e anciãos se comunicaram com João sobre eventos futuros, mas agora, eles desvanecem ao fundo e o próprio Senhor fala. Este é um final apropriado para o que foi revelado no livro. Ele anuncia Sua vinda – “Eis que cedo venho”três vezes, de três maneiras diferentes (vs. 7, 12, 20). Cada apresentação de Sua vinda tem uma aplicação tanto para o crente quanto para o incrédulo.
Cap. 22:7-11 – O primeiro anúncio da vinda do Senhor destina-se a nos livrar de nos estabelecermos neste mundo enquanto esperamos que Ele venha. Se “guardarmos” em mente os juízos que estão prestes a cair sobre o mundo, isso terá o efeito prático em nossas vidas para nos livrar do mundanismo. Como resultado, o curso de nossas vidas será alterado, sabendo que o juízo está vindo sobre tudo o que vemos. Se corretamente considerados, nossas energias não serão desperdiçadas em construir o que é “guardado para o fogo”, mas usadas para promover a causa de Cristo neste mundo (2 Pe 3:7).
Admirando o que vê, João tenta adorar aos pés do anjo, mas é repreendido por isso (vs. 8-9). Eles eram apenas instrumentos na instrução de João nos assuntos proféticos deste livro; eles não deveriam ser feitos mais do que eram. Em contraste com as profecias do Velho Testamento, que foram seladas até o fim do tempo (Dn 12:4), essas coisas não são seladas porque o retorno do Senhor e os juízos que se seguem estão prestes a cair sobre este mundo. O Senhor, portanto, diz: “Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo” (v. 10). Então as coisas estarão em um estado permanente. Todos serão abençoados por Deus ou estarão sob o juízo de Deus (v. 11).
Cap. 22:12-15 – O segundo anúncio da vinda do Senhor está relacionado com o fato de que Ele está trazendo Sua recompensa com Ele (v. 12). Isto é uma alusão ao tribunal de Cristo, que envolve o julgamento tanto dos crentes como dos incrédulos. Os perdidos serão julgados na Aparição e no reino de Cristo (2 Tm 4:1), mas os crentes terão suas recompensas demonstradas naquele dia. Este é outro incentivo para se viver para Cristo. Novamente, uma condição permanente decorrerá; aqueles que “lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro” serão abençoados, e aqueles que não as lavaram serão condenados para sempre.
Cap. 22:16-21 – O terceiro e último anúncio da vinda do Senhor tem propósito de avivar as afeições nupciais em nossos corações e despertar a preocupação pelos perdidos, de que possam ser salvos. O Senhor Se apresenta de duas maneiras: 
  • De uma maneira que se refere às profecias do Velho Testamento – “a raiz e a geração de Davi” (v. 16).
  • De uma maneira que está distintamente no caráter do Novo Testamento – “a resplandecente estrela da manhã” (v. 16). 

Isso desperta a afeição da noiva para pedir ao Senhor que “venha” (v. 17). O “Espírito e a noiva” [TB] dizem isso juntos, indicando que o Espírito de Deus produziu nos santos esse santo desejo, e são vistos como um, com a mente do Espírito. Um segundo chamado é feito ao restante do céu para se unirem ao chamado para o Senhor “vir” e fazer com que essas coisas aconteçam. Estar em comunhão com a mente do Espírito não é apenas ter um desejo vivo de que o Senhor venha, mas também ter um forte interesse na salvação dos perdidos. Por isso, um terceiro chamado para “vir” é dado pelo Espírito e pela noiva àqueles que ainda são estranhos à graça de Deus, para que tomem da “água da vida” e sejam salvos.
Uma advertência então é dada a qualquer um que tire “as palavras da profecia deste livro”. Todos os que o leem devem estar atentos em não deixar que a mente profana do homem se intrometa na revelação divina (v. 18-19).

EXORTAÇÕES DE ENCERRAMENTO (Cap. 22:6-21)


EXORTAÇÕES DE ENCERRAMENTO
(Cap. 22:6-21)

Cap. 22:6 – Nestes últimos versículos, temos não apenas as exortações finais do livro de Apocalipse, mas também uma conclusão apropriada para toda a Palavra de Deus.

Três Coisas Que Caracterizarão a Porção dos que Estão na Cidade


Três Coisas Que Caracterizarão a Porção dos que Estão na Cidade 

  1. “O livro da vida” (cap. 21:27). Isso fala da segurança de seu relacionamento com Cristo.
  2. “O rio puro da água da vida” (cap. 22:1). Isso fala do fluxo interminável de bênçãos que possuirão.
  3. “A árvore da vida” (cap. 22:2). Isso fala da plenitude de satisfação do gozo da comunhão com Cristo.


Cap. 22:1-5 – As “folhas” da árvore serão para “a saúde das nações”. Sob a administração de Cristo e da Igreja (Ef 1:10), pela primeira vez na história, as nações habitarão juntas pacificamente. A animosidade que existe há milhares de anos entre as nações será tratada com a aplicação da justiça, e não haverá mais guerra (Sl 46:9).
O Velho Testamento termina com um aviso de maldição (Ml 4:6), mas o Novo Testamento termina com a promessa de não haver mais “maldição”! A “servidão da corrupção”, que permeou a Terra desde a queda do homem, será eliminada (Rm 8:20-22). Em resumo, Deus vencerá o mal com o bem no final. Os “servos” do Cordeiro (os santos) renderão o serviço de louvor a Ele. Eles verão “Seu rosto”. Os santos verão o rosto do Senhor literalmente (1 Jo 3:2), mas aqui o “rosto” do Senhor é usado figurativamente para indicar intimidade. “Nas suas testas estará o Seu nome”. Isso significa que todos os santos portarão Seu caráter de perfeição moral. E eles reinarão com Cristo durante todo o Milênio – “para os séculos dos séculos” (JND), que é o Estado Eterno (v. 5; Dn 7:18). Isso significa que o reinado de Cristo e da Igreja sobre a Terra não continuará no Estado Eterno, pois não haverá necessidade de governo naquele dia eterno.

A Administração Universal da Terra pela Igreja


A Administração Universal da Terra pela Igreja

Cap. 21:11 – A “cidade” celestial é o vaso de manifestação de Deus pelo qual a Sua glória e a glória de Cristo fluirão. “Ouro” é o material proeminente nesses versículos. Ele fala da justiça divina que será o regime do reino (Is 32:1, 61:11). A “cidade” será adornada com “a glória de Deus” e será usada para transmitir essa glória (“luz”) diante do mundo (Ef 2:7). Sua glória é como “uma pedra de jaspe” (um diamante), “como o cristal resplandecente” porque naquele dia, sendo glorificada, não haverá nada na Igreja para impedir o fluxo da glória de Cristo.
Cap. 21:12-13 – A cidade tem “um muro”, que fala de separação e isolamento, e, portanto, a exclusão de tudo o que não é de Cristo. Esta é a evidência de que no Milênio ainda haverá inimigos e a presença do mal (1 Co 15:25-26). Mas nenhum mal ou predador penetrará nessa cidade! A cidade também tem “doze portas”. Elas falam da responsabilidade administrativa (Dt 25:7; Js 20:4; Rt 4:1-2) e da admissão de tudo o que é de Cristo. Nas portas há “doze anjos”. Eles representam toda a inumerável companhia de seres angelicais. Eles não fazem parte da cidade, mas esperam do lado de fora dela para realizar todo serviço que a Igreja julgue necessário no governo da Terra.
Cap. 21:14-20 – A cidade tem “doze fundamentos” adornados com “pedras preciosas”. Isso fala das variadas glórias de Cristo brilhando nos santos e por meio dos santos. Pedras preciosas não têm luz própria e nem os santos têm glória em si mesmos – sua beleza resultará da glória de Cristo refletida neles. (Compare Salmo 90:17). Como as pedras têm várias cores e matizes, os santos em seu estado glorificado conservarão a sua individualidade. A cidade como um todo é “ouro puro” (v. 18), mas também é como “vidro puro”, o que significa que a cidade será uma demonstração de justiça perante o mundo.
Cap. 21:21 – Ela também terá “doze pérolas” engastadas em suas portas. Uma pérola é um objeto de preciosidade (Mt 13:45-46). Por isso, a Igreja será manifestada diante do mundo como objeto de preciosidade para o coração de Cristo (Jo 17:23; Ap 3:9). A cidade tem uma “rua” [TB] de ouro puro que a atravessa. Na vida cotidiana, uma rua é o meio pelo qual os homens interagem uns com os outros nos negócios e no prazer. Fala da intercomunhão dos santos. Ser de “ouro puro” indica que a comunhão e a intercomunhão na cidade estarão em sintonia com as linhas do que é divino, e não do que é natural e mundano.
Cap. 21:22-27 – Pelo menos sete coisas são mencionadas como não estando na cidade. Não haverá “templo”. Isto é, nada que esconda a presença de Deus e o acesso a Ele. Também não haverá “Sol” (luz criada), nem “Lua” (luz refletida), nem “candeia” [TB] (luz artificial). Isto indica que não haverá necessidade de coisas terrenas e naturais para guiar as decisões administrativas tomadas pela cidade em relação ao seu governo da Terra. Também não haverá “noite” lá porque a luz do conhecimento de Deus irá permear tudo (v. 25). A luz vai encher a cidade. Isto será em um sentido literal, bem como em um sentido espiritual. As nações da Terra “andarão à sua luz” [da cidade] (v. 24).
Isso significa que a Terra será ordenada e regulada pelos princípios práticos da justiça divina que serão sustentados pela cidade. Esse conhecimento (“luz”) relacionado à justiça prática será disseminado na Terra por meio de Israel (Is 2:2-3, 61:6, etc.). Assim, as nações serão instruídas sobre como viver sob um reino de justiça.
Naquele dia, a Igreja será “a luz do mundo” de uma maneira perfeita (Mt 5:14). (Hoje a Igreja é um testemunho muito imperfeito para o mundo.) As portas da cidade estarão abertas continuamente (“não se fecharão”) para receber o reconhecimento e o respeito que lhe são devidos. Também não haverá nada que “contamine” na cidade (v. 27). E por último, lá não haverá “maldição” (cap. 22:3).
Em resumo, a cidade não exigirá nada da natureza ou do mundo para sustentá-la. As nações também trarão sua “glória e honra” a ela (v. 26). Isso não significa que a Igreja receberá louvores das nações da Terra, mas que as nações trarão sua homenagem àqu’Ele que ali habita.