quinta-feira, 4 de abril de 2019

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Ideia do Arrebatamento Parcial


A Ideia do Arrebatamento Parcial

Embora alguns Cristãos acreditem na ideia de um Arrebatamento parcial, é algo tão absurdo que não é necessário que comentemos sobre isso. Poderíamos imaginar o Senhor levando apenas parte de Sua noiva para o céu? O que Ele faria no céu com meia noiva? Como poderia o casamento do Cordeiro acontecer com apenas metade da noiva presente? De qualquer forma, qual Escritura sustenta isso?
“Provai todas as coisas. Retende o correto” (1 Ts 5:21 - JND).


3) Mateus 24:29-31

Outra Escritura que é usada é Mateus 24:29-31. “E, logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá, e a Lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos”. Pensam que a vinda do Senhor nesta passagem se refere ao Arrebatamento. Consequentemente, eles equivocadamente determinam o tempo do Arrebatamento como sendo “logo depois da aflição”. Eles concluem que a Igreja, portanto, passará pela tribulação.
O problema aqui é que as pessoas estão confundindo o Arrebatamento e a Aparição. Algumas das principais diferenças são: 
  • A vinda do Filho do Homem nunca é referida como o Arrebatamento. O Arrebatamento é a vinda do Senhor para os Seus: a vinda do Filho do Homem é a vinda do Senhor com os Seus em Sua Aparição. O Arrebatamento é um mistério não feito conhecido até que foi revelado por meio do apóstolo Paulo (1 Co 15:51-52).  A vinda do Filho do Homem é algo conhecido pelos santos do Velho Testamento, porque os profetas falaram disso. (Dn 7:13-14) O Filho do Homem é um título que o Senhor toma quando Ele vem para julgar o mundo. No Arrebatamento, o Senhor não está vindo para julgar o mundo, mas para levar Sua noiva ao céu. O fato de que o título do Filho do Homem é usado em Mateus 24:29-31 deve nos mostrar que Sua vinda nessa passagem não é o Arrebatamento.
  • No Arrebatamento, o Senhor não envia Seus anjos para reunir Seus santos [a noiva] como esses versículos falam; Ele próprio vem para levá-la para Si! (1 Ts 4:16; 2 Ts 2:1).
  • A trombeta que soa aqui não é a trombeta de Deus que aparece no Arrebatamento, mas a de Isaías 27:13, Salmo 81:3, etc.
  • Os eleitos aqui não são a Igreja, mas os eleitos de Israel. (Mt 24:24; Is 45:4, 65:9; Ap 7:1-8; Rm 11:28, etc.)


2) Apocalipse 11:15


2) Apocalipse 11:15

Outra Escritura alegada para provar que a Igreja deve passar pela tribulação é Apocalipse 11:15. “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”. Este versículo mostra que quando a sétima e última trombeta for soprada no final da grande tribulação, o Senhor aparecerá e tomará posse dos reinos deste mundo por meio de julgamentos. Foi suposto que esta é “a última trombeta” mencionada no Arrebatamento (1 Co 15:51-52; 1 Ts 4:15-18). Portanto, a Igreja estaria na Terra para passar por aquela hora de provação como descrito em Apocalipse 6-11, que precede a sétima trombeta em Apocalipse 11:15. É ensinado que a Igreja será arrebatada para encontrar o Senhor nos ares, no mesmo momento Ele sai do céu para julgar o mundo.
Essa interpretação é muito problemática, porque a Palavra de Deus ensina que várias coisas devem acontecer entre o momento em que a Igreja é levada ao céu, e quando o Senhor volta do céu para julgar o mundo, como Apocalipse 11:15 mostra. Seria impossível que todas essas coisas acontecessem naquele curto espaço de tempo que essa interpretação sugere. Depois de levar Seu povo ao céu no Arrebatamento, o Senhor os levará para sentar-se à Sua mesa, onde lhes servirá a bem-aventurança celestial e gozo indescritível (Lc 12:37). Então, o tribunal de Cristo será estabelecido e a vida dos crentes passará em revisão e será recompensada adequadamente (2 Co 5:10, etc.). Os santos também terão um tempo de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo ao redor do trono no céu. Naquele tempo, eles lançarão suas coroas a Seus pés em humilde adoração a Ele (Ap 4-5). Então, o casamento do Cordeiro ocorrerá no céu, que será seguido pela ceia das bodas com muitos convidados do céu (os amigos do Esposo) presentes (Ap 19:7-8). Todas estas coisas devem acontecer depois que o Senhor levar Seu povo ao céu no Arrebatamento, e antes que Ele retorne em Sua Aparição. Essas coisas não poderiam acontecer se os santos fossem levados para os ares e então, fossem imediatamente trazidos de volta com o Senhor na Sua Aparição.

1) Segunda Tessalonicenses 2:2-3


1) Segunda Tessalonicenses 2:2-3

“Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto [como se o dia do Senhor fosse presente – JND]. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. Este versículo foi usado para significar que o dia em que o Senhor vem para a Sua Igreja (o Arrebatamento), não acontecerá antes que o anticristo e a apostasia na grande tribulação tenham acontecido.
Isso é um erro por duas razões: primeiro, é um engano supor que “o dia do Senhor” é o Arrebatamento. As escrituras não dizem isso. Há cerca de 20 referências ao “dia do Senhor” na Palavra de Deus. Algumas delas referem-se ao seu início, que é na Aparição de Cristo (2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10; 1 Ts 5:2, etc.). Outras referências são um aviso de que está “perto”, sinalizado pelo ataque do rei do norte, que ocorrerá pouco antes do início do dia do Senhor (Jl 1:15, 2:11; Sf 1:7-20; Zc 14:1-2, etc.). Mas não há nenhuma que se refira ao “dia do Senhor” como o Arrebatamento! É uma suposição dizê-lo e isso decorre de não se examinar cuidadosamente as Escrituras (At 17:11).
O dia do Senhor” é um dia de julgamento que começa na Aparição de Cristo (2 Pe 3:4, 8-10); não começa no Arrebatamento. A tribulação começa após o Arrebatamento, mas o dia do Senhor começa após a Aparição de Cristo, que é cerca de sete anos depois do Arrebatamento. “O dia do Senhor” é o tempo em que Cristo intervirá publicamente sobre os caminhos do homem na Terra em julgamento, afirmando Seu poder universal e autoridade sobre toda a Terra. “O dia do Senhor” se estenderá por 1.000 anos (2 Pe 3:8-10), que será o Milênio. O Arrebatamento nunca é visto como um dia de julgamento para este mundo, mas sim, o momento em que o Noivo e a noiva são alegremente unidos.
Entendendo essas coisas simples e básicas sobre “o dia do Senhor”, podemos ver imediatamente que Paulo não estava falando sobre o Arrebatamento em 2 Tessalonicenses 2:2-3. Ele estava mostrando aos tessalonicenses que “o dia do Senhor” e seus correspondentes julgamentos não podiam estar presentemente sobre eles, pois o anticristo e a grande apostasia da Cristandade professante tinham de acontecer primeiro. É triste dizer que falsos mestres ainda estão propondo o mesmo erro que incomodava os tessalonicenses. Eles estão incomodando os Cristãos dizendo que eles devem se preparar para a tribulação, porque a Igreja vai passar por ela. E, ironicamente, eles estão usando os mesmos três métodos para propor seu erro como os falsos mestres faziam nos dias de Paulo! 
  • Primeiro, “por espírito” (v. 2) – os falsos mestres afirmaram que receberam isto por meio de uma revelação espiritual que lhes foi dada.
  • Em segundo lugar, “por palavra” (v. 2) – os falsos mestres estavam aplicando mal as Escrituras do Velho Testamento para apoiar seu ensino errôneo.
  • Então, finalmente, “por epístola, como de nós” (v. 2) – eles chegaram a ponto de produzir uma epístola com suas ideias errôneas, e afirmaram que era de Paulo. 

Assim é hoje; aqueles que ensinam essa doutrina errônea frequentemente alegam que a receberam por meio de alguma revelação especial de Deus, e também estão tentando usar as Escrituras para apoiá-la – eles estão até mesmo tomando o ministério de Paulo (tal como essa passagem) e afirmando que Paulo ensinou que a Igreja deve passar pela tribulação.
Outra razão pela qual esta aplicação incorre em erro é que ela destrói a iminência da vinda do Senhor. A vinda do Senhor (o Arrebatamento) é sempre apresentada nas Escrituras como algo que poderia acontecer a qualquer momento. Aqueles que pensam que a Igreja deve passar pela tribulação zombam da ideia de que Ele poderia vir hoje, porque acham que é uma violação direta de sua interpretação de 2 Tessalonicenses 2:2-3. No entanto, Paulo e os outros apóstolos trabalharam para colocar a proximidade da vinda do Senhor diante da Igreja, para que fosse uma esperança presente. Estariam essas pessoas dizendo que os apóstolos estavam errados em fazer isso? Paulo disse: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso” (Fl 3:20-21). Ele também disse: “Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37). E, “Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Rm 13:11-12). E novamente, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares” (1 Ts 4:16-17). Neste último versículo, Paulo colocou-se entre os que estavam esperando o Senhor vir, dizendo: “nós”. (Veja também 1 Co 15:51-52 – “nós”). Isso era algo que ele esperava mesmo naqueles primeiros dias da Igreja. Tiago também disse: “a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8). Pedro disse: “E já está próximo o fim de todas as coisas (1 Pe 4:7). João disse: “Filhinhos, é já a última hora” (1 Jo 2:18). Isso mostra que os apóstolos ministraram de tal maneira para colocar a vinda do Senhor diante dos santos como uma esperança presente.
Ensinar que certos eventos devem acontecer antes que o Senhor venha, como o surgimento do anticristo e os horrores da tribulação, seria uma contradição direta ao ensino dos apóstolos, e destrói a iminência da “bem-aventurada esperança” (Tt 2:13).
Tirar essa “bem-aventurada esperança” da Igreja é fazer com que ela se estabeleça neste mundo – e isso é exatamente o que aconteceu em grande medida. Isso está essencialmente dizendo: “Meu Senhor tarda em vir” (Mt 24:48). Por isso mesmo, o próprio Senhor Jesus nunca nos disse quando retornaria. Mas Ele disse: “Certamente cedo venho” (Ap 22:20).

TRÊS ESCRITURAS EQUIVOCADAMENTE USADAS PARA APOIAR O ERRO DE QUE A IGREJA IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


TRÊS ESCRITURAS EQUIVOCADAMENTE USADAS PARA APOIAR O ERRO DE QUE A IGREJA IRÁ PASSAR PELA TRIBULAÇÃO


Em um esforço para ajudar aqueles que podem ter dificuldades neste ponto, selecionamos as três principais Escrituras que levaram alguns a crer erroneamente que a Igreja passará pela tribulação. Em cada uma dessas passagens, nosso desejo é mostrar, com a ajuda do Senhor, como ocorreu o erro e qual é o verdadeiro significado da passagem. Acreditamos que a maior parte da confusão sobre este ponto tenha surgido dos Cristãos lendo as Escrituras descuidadamente e sem um espírito de oração.

18) O Juízo de Jericó (Josué 2-6)


18) O Juízo de Jericó (Josué 2-6)

A sentença de juízo foi pronunciada sobre Jericó e o povo de Canaã (Êx 23:27). Antes que o juízo caísse naquela cidade, Deus providenciou um meio de proteção sob um “cordão de fio de escarlata” para aqueles que tinham fé (Js 2). Isso tipicamente prediz a história do juízo que está prestes a cair sobre este mundo culpado e condenado (At 17:31; 2 Ts 1:7-9). Deus em misericórdia providenciou um abrigo para todos, sob o sangue de Cristo. No capítulo 6, o juízo caiu sobre Jericó como advertido. Mas antes que isso acontecesse, Josué primeiro levou ao fim a jornada dos filhos de Israel no deserto, levando-os para sua terra prometida. É significativo que os capítulos que tratam de Israel sendo levado para a terra de Canaã (Js 3-4) venham antes do juízo cair sobre Jericó (Js 6). Antes que o juízo caia sobre este mundo, o Senhor Jesus Cristo, como Josué, acabará com a longa jornada da Igreja no deserto neste mundo, chamando-a à sua Canaã celestial. É notável que o juízo de Jericó tenha acontecido na época da ceifa (Js 3:15). O juízo deste mundo é também chamado de ceifa (Mt 13:39-42; Ap 14:15-20; Jl 3:9-16).