A Terra [de Israel], a Terra [inclui nações ocidentais] e o Mundo
Três grandes
setores da raça humana são distinguidos no versículo 7 em conexão com a vinda
do Senhor. Estas três esferas na Terra
têm responsabilidades variadas de acordo com o grau de luz que tiveram de Deus.
Eles são:
- “Todo olho O verá” – as nações Cristianizadas (v. 7a).
- “Até os mesmos que O traspassaram” – A nação de Israel (os judeus em particular) (v. 7b).
- “Todas as tribos da Terra” – As nações em torno da terra profética (v. 7c).
A profecia é
exposta nas Escrituras em relação a estas três esferas. Elas são distinguidas
como: “a terra (a nação) [de Israel]”, “a
Terra” [inclui nações ocidentais] e “o
mundo” (Is 18:2-3, 24:3-6, 26:9-10). Estes são círculos concêntricos – cada
um sendo mais amplo que o anterior. “A
terra” é a menor esfera e refere-se à terra de Israel, não o pouco que eles
possuem hoje, mas o que foi prometido a Abraão. “A Terra” [que inclui nações ocidentais] é uma esfera mais ampla;
inclui a herança prometida de Israel, mas também inclui as nações as quais o
antigo Império Romano conquistou a Europa Ocidental. Os estudiosos de profecia
chamam isso de “a terra profética”. Profeticamente, refere-se às nações
ocidentais. Uma vez que aqueles que povoam as Américas atualmente vêm
principalmente das nações da Europa Ocidental, a maioria dos estudiosos da profecia
os vê como incluídos na terra profética (Dn 2:43 – “...misturar-se-ão com
semente humana”). “O mundo” é
uma esfera ainda mais ampla; inclui a primeira terra mencionada e a segunda,
mas também inclui as partes restantes do globo – ou seja, as nações de fora da
terra profética.
Deus sabe que
nunca seríamos capazes de apreender os detalhes da profecia se Ele nos tivesse
dado o que pertence a cada uma dessas esferas de uma só vez. Portanto, nas
Escrituras proféticas, Deus sabiamente trata com essas esferas, uma de cada
vez. Ele nos dá detalhes que começam em algum ponto no período da tribulação e
nos leva até a Aparição de Cristo, que introduz o Milênio. Então Ele volta ao
mesmo ponto e repete novamente a partir de outra perspectiva, de novo
levando-nos à Aparição de Cristo e o Milênio. É importante ver isso; toda
profecia bíblica é dada dessa maneira. Isso ocorre repetidas vezes ao longo das
Escrituras proféticas. É assim que os eventos são apresentados nos Profetas,
nos Salmos e nos discursos proféticos do Senhor em Mateus 24-25 – e não é diferente
no livro de Apocalipse. É a maneira designada por Deus de nos ensinar a verdade
profética. Veremos nos capítulos 6-16, que o Espírito de Deus leva o leitor
através do período da tribulação até a Aparição de Cristo três vezes, cada uma em relação a uma dessas três esferas.
V. 8 – Como
mencionado, o segundo propósito do livro é mostrar como Deus operará todas as
coisas até o Seu objetivo final de exaltar e glorificar o Senhor Jesus Cristo.
Cristo é o “Alfa e Ômega” (o princípio
e o fim) de toda a profecia (v. 8). Ele é a fonte e o objetivo de todos os
caminhos de Deus na criação, graça e julgamento. Sendo a figura central da
profecia, Deus O trará à vista para todos O verem em Sua Aparição.
Na Aparição de
Cristo, duas coisas começarão. Um é “o
dia do Senhor” (1 Ts 5:2, 2:2; Is 2:10-22; Jl 1:15; Sf 2:2-3; Ml 4:5), que
é quando a autoridade de Seu Senhorio será estabelecida na Terra por julgamento.
Ela se estenderá por mil anos – a duração do Milênio (2 Pe 3:8-10). O outro é “o dia de Cristo” (2 Ts 1:10; 1 Co 1:8,
3:13, 5:5; 2 Co 1:14; Fp 1:6, 10, 2:16), que é o dia da Sua manifestação em
glória por meio da Igreja durante o mesmo período – o Milênio. Esses dois dias
apresentam dois aspectos do reinado de Cristo naquele dia vindouro.
O livro de
Apocalipse é, portanto, um livro de julgamento, mas também um livro de bênçãos.
(Há sete bênçãos mencionadas – Cap. 1:3, 14:13, 16:15, 19:9, 20:6, 22:7, 14).
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