Um
Remanescente Distinto da Massa
Quando a
corrupção generalizada permeou completamente o testemunho Cristão por meio da
perversidade do catolicismo, as condições chegaram a um ponto sem recuperação.
Coisa semelhante aconteceu na história de Israel (2 Cr 36:16 – “não houve remédio algum” – TB).
Portanto, não há chamado ao arrependimento dado a esta igreja como havia nas
igrejas anteriores. A única menção do arrependimento é que eles tiveram a
oportunidade de se arrepender, mas esse tempo tinha passado para eles (v. 21).
Consequentemente, deste ponto em diante, uma mudança marcante acontece nos
caminhos do Senhor com a Igreja; Ele não mais chama para uma restauração do
testemunho público da Igreja em geral. Em vez disso, Ele separa um remanescente
dos verdadeiros crentes, dizendo: “digo
a vós, e aos restantes [remanescente]...” (v. 24) e trabalha com eles para fortalecê-los e encorajá-los, e
deixa a massa pública continuar seu caminho para o julgamento.
Essa mudança nos
caminhos de Deus com a Igreja é indicada pelo chamado para que “ouça o que o Espírito diz às igrejas [assembleias]” seguindo
a promessa feita ao vencedor, em vez de precedê-la,
como era o padrão nas igrejas antes de Tiatira. Nas três primeiras igrejas, a
recompensa ao vencedor era colocada diante de toda a Igreja, porque o Senhor
ainda estava tratando com ela como um todo. Todos os que ouvissem e obedecessem
receberiam a recompensa do vencedor. Mas isso é deixado de lado agora.
Comentando sobre essa mudança, J. N. Darby disse: “O corpo como um todo é
descartado”. Walter Scott acrescentou: “A massa pública da profissão Cristã é
tratada como sendo incapaz de ouvir e se arrepender”. O chamado para “ouvir o que o Espírito diz às igrejas”,
nas últimas quatro igrejas, é dado a um remanescente (não a toda a Igreja),
porque somente eles ouvirão e vencerão. W. Kelly disse: “O Senhor a partir de
então coloca primeiro a promessa [ao vencedor], e isso é porque é inútil
esperar que a Igreja como um todo a receba... apenas um remanescente, vence, e
a promessa é para eles; quanto aos outros, está tudo acabado”. Essa mudança
marcante nos discursos do Senhor para as sete igrejas indica que Ele não mais
espera que a massa da profissão Cristã ouça e retorne ao ponto em que se
desviaram. Todo o pensamento de restaurar o testemunho público da Igreja como
um todo é abandonado porque chegou a um ponto de “nenhum remédio”.
Vs. 25-29 – O
remanescente dos crentes fiéis na idade das trevas eram os Nestorianos, os
Paulicianos, os Valdenses e os Albigenses e outros pré-reformadores. É-lhes
dito que “retenham” a pouca verdade
que tinham e que o Senhor os recompensaria. Pela primeira vez nessas cartas
ouvimos sobre a vinda do Senhor – sem distinguir o Arrebatamento da Aparição. É
uma esperança, já que a esperança de recuperar o testemunho público da Igreja é
impossível. Em cada uma das últimas quatro igrejas, há uma alusão à vinda do
Senhor. Isso indica que cada uma das condições eclesiásticas que essas igrejas
representam continuará na Terra até que Ele venha.
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