quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O Juiz Fala


O Juiz Fala

Vs. 17-20 – Ao ver o Senhor no caráter de um poderoso Juiz, João cai “a Seus pés”. É dessa postura que ele aprende sobre o estado da Igreja – sua falha no testemunho público, como se encontra nos capítulos 2-3. Este é o lugar apropriado para aprendermos sobre o verdadeiro estado da Igreja – sobre nossos rostos diante do Senhor. O testemunho Cristão está em ruínas, e todos contribuímos para esse triste estado, e não podemos corretamente apontar um dedo condenador a ninguém na história ou nos dias atuais sem nos condenar. Portanto, devemos ver o fracasso da Igreja no testemunho, em espírito de julgamento próprio.
Para dissipar o temor e tremor de João, o Senhor colocou Sua “mão direita” (JND) sobre ele, dizendo: “Não temas”.  Isto é consolação e fortalecimento divino para o trabalho que estava prestes a ser dado a João – a saber, “escrever” as mensagens proféticas às sete igrejas (compare com Mateus 17:6-7).
O Senhor disse: “o que vivo; fui [Me tornei – JND] morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do Hades” (TB). Nisto, o Senhor mostrou a João que Ele tinha o direito de agir como o Juiz de toda a Terra (Gn 18:25). O Senhor entrou na morte e Hades e conquistou a ambos. Ele agora tem “as chaves” dessas duas condições. “Morte” é o que reivindica o corpo humano; “Hades” é o que reivindica a alma e o espírito. Tendo pago o preço pelo pecado ao ir à morte, Ele tem o direito e o poder de exercer julgamento contra os pecadores, e assim consignar quem Ele levaria à morte e ao Hades. Ele também tem o poder de ressuscitá-los da morte e enviá-los a uma eternidade perdida, como visto no final do livro.
É dito a João para “escrever” os assuntos proféticos que ele verá em três grandes seções (v. 19). 
  1. 1)   “As coisas que tens visto” – Capítulo 1.
  2. 2)   “As coisas que são” – Capítulos 2-3.
  3. 3)   “As que depois destas hão de acontecer” – Capítulos 4-22. 

Isso mostra que essas profecias foram dadas a João de maneira ordenada e ele as escreveu pelo Espírito de uma maneira ordenada. Algumas pessoas olham para o livro de Apocalipse como uma rede emaranhada de informações que apenas um estudioso hábil das profecias poderia desvendar e explicar. No entanto, o livro só parece confuso; ele é realmente muito ordenado. Se entendermos a maneira pela qual o Espírito de Deus apresenta profecia ao longo da Escritura e também reconhecer que há parênteses em certos lugares neste livro, a confusão desaparecerá. Também é necessário um entendimento básico do significado dos símbolos usados ​​na profecia. Como o livro de Apocalipse foi colocado no final de nossas Bíblias, o Espírito de Deus supõe que estamos familiarizados com esses símbolos, tendo-os visto em outras partes das Escrituras. O objetivo deste esboço de Apocalipse no qual estamos prestes a embarcar é fornecer ao leitor um entendimento básico dessas coisas.
V. 20 – O Senhor explica a João o significado oculto das “sete estrelas” que estavam em Sua mão direita e dos “sete castiçais de ouro”. As “estrelas” são os “anjos” das sete igrejas. Isso se refere à dupla responsabilidade que os líderes nas igrejas têm. Como “estrelas”, devem ser portadores de luz dos princípios da Palavra de Deus. Eles devem fornecer luz para os santos a partir da Palavra de Deus em assuntos que dizem respeito à assembleia local. Isso significa que eles devem estar bem fundamentados na verdade (Tt 1:9). Como “anjos”, devem ser os mensageiros de Deus, assumindo a liderança na assembleia e cuidando para que esses princípios sejam levados a cabo no temor de Deus (Ec 5:6; Ml 2:7 – Nota de rodapé da Tradução J. N. Darby: “mensageiro ou anjo”). É significativo que o Senhor considere o anjo de cada igreja responsável pelo estado em que se encontrava a igreja na respectiva localidade (caps. 2-3). Ele é visto andando no meio das sete igrejas, avaliando sua condição e aconselhando aqueles que estão no lugar de responsabilidade, sobre o que eles podem fazer para ajudar a condição particular em que aquela igreja local estava (cap. 2:1).

Os “sete castiçais de ouro” são as sete igrejas. Eles falam da assembleia local como uma testemunha responsável na comunidade onde estão situados.


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