Três Qualidades que o Senhor Aprecia nos Filadelfienses
V. 8 – Existem três qualidades que o Senhor
particularmente observa em Sua avaliação desta igreja.
1) “Tendo pouca força” –
isto é algo que flui da comunhão – de permanecer em Cristo (Jo 15:4-5). Eles
tinham a mesma força que a Igreja primitiva tinha (At 4:33), mas era “pouca”. Portanto, esse reavivamento
não foi um movimento em grande escala; foi um testemunho remanescente da
verdade da assembleia. Não tinha um grande status mundano, assim como a igreja
católica e as igrejas nacionais do protestantismo.
2) “Guardaste a Minha Palavra” –
Aqueles ligados a este movimento eram estudantes das Escrituras. Eles não eram
apenas ouvintes, mas eram praticantes da Palavra (Tg 1:22). Eles valorizaram
Sua Palavra e a colocaram em prática e, portanto, foram elogiados por guardarem
Sua Palavra.
3) “Não negaste o Meu nome” – Um
nome nas Escrituras muitas vezes implica caráter. Por isso, na vida prática, o
próprio caráter de Cristo marcou essas pessoas. Tudo o que tendeu a negar o
caráter de Cristo foi recusado de maneira prática. Eles também abandonaram
todos os nomes e títulos denominacionais, e ficaram felizes em se reunir
simplesmente em Seu nome apenas (Mt 18:20).
V. 9 – Houve
reprovação relacionada à identificação com esse movimento. Andar no que eles
apreenderam da Palavra de Deus colocou-os em uma posição de grande censura por aqueles
que não estavam dispostos a andar naquelas coisas (v. 9). Esse reavivamento da
verdade provocou um renascimento da oposição satânica. O ataque maligno do
inimigo em Esmirna levantou novamente sua horrível cabeça. Aqueles denominados
como “a sinagoga de Satanás” são
Cristãos professos governados por princípios judaicos no Cristianismo
eclesiástico organizado. Foram esses os opositores desse movimento divino, e o
próprio Satanás estava por trás disso.
V. 10 – Os filadelfienses
foram elogiados por guardar a Palavra de Sua “paciência”, que é um aspecto da verdade que tem a ver com a
esperança da vinda do Senhor (v. 10). Guardar isso (não apenas saber isso) fez
com que vivessem como estranhos celestiais em separação do mundo. Por isso,
como peregrinos, não se envolveram com a política do mundo ou com qualquer
outro aspecto do mundo. O Senhor prometeu guardá-los “da hora da tentação” (o período da tribulação) que estava chegando
ao mundo. Note que o Senhor diz: “Te guardarei
da hora”, não “Te guardarei na” hora da tentação. Isso mostra
que a Igreja não passará pela tribulação, como os judeus passarão (compare
Jeremias 14:8).
V. 11 – O Senhor
promete vir “sem demora”. Isso se
refere à iminência de Sua vinda, que estava particularmente diante dessa
igreja. Enquanto o Senhor não encontra nada para julgar em Filadélfia, Ele os
adverte da possibilidade de deixar ir o que lhes foi dado, e assim perder a sua
“coroa”. Ele diz: “guarda bem o que tens” (TB). Note que
eles são aconselhados não apenas a “guardar”,
mas a guardar “bem”. Isso indica a
necessidade de determinação. O perigo sempre presente em Filadélfia era desistir
das verdades que haviam sido recuperadas, e se arrastar de volta à confusão da
Cristandade da qual se haviam separado. A história nos diz que foi exatamente
isso o que aconteceu com muitos que estavam conectados com esse movimento. Eles
abriram mão de partes da verdade que foram recuperadas por este movimento, e
foram levados em divisões entre os irmãos ou espalhados nas igrejas
evangélicas. Hoje, a energia espiritual conectada com esse movimento, que já
foi considerável, está agora diminuindo ao ponto de um gotejar.
Vs. 12-13 – Como
todas as outras igrejas, o Senhor também deu uma palavra ao vencedor. Podemos
nos perguntar por que haveria tal palavra dada a essa igreja, já que não havia
nada fora de ordem a se exigir para se vencer. No entanto, um verdadeiro
vencedor na Filadélfia não é apenas ter estado nesse caminho de guardar Sua
Palavra e não negar Seu nome, mas ter continuado
nela até o final da vida, ou até que o Senhor venha – o Arrebatamento.
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