Éfeso – A Igreja Sem Amor - Cap. 2:1-7
A assembleia em
Éfeso representa a Igreja historicamente, desde os dias imediatamente após os
apóstolos, até o ano 167 d.C.
Essa igreja era
aparentemente irrepreensível em seu testemunho diante do mundo, mas
internamente estava numa condição decaída. Havia solidez de doutrina e zelo
piedoso pela santidade, como provado em sua disciplina exercida sobre toda
falsidade, mas a fonte interior de afeição por Cristo estava tristemente interrompida.
Os tessalonicenses foram marcados pela “obra
da vossa fé, do trabalho da caridade [amor
– JND], e da paciência [perseverança – JND] da esperança” (1 Ts 1:3). Isso praticamente marcou a
condição da Igreja como um todo naqueles primeiros dias. Mas agora, poucos anos
depois, havia apenas “obras”, “trabalho” e “paciência”. A fé, a caridade [amor] e a esperança que uma vez
foram a força motriz de suas atividades, se dissiparam.
Declínio havia
entrado, não porque eles não estavam servindo mais ao Senhor, mas porque suas
afeições por Ele haviam diminuído. O Senhor lhes diz: “deixaste o teu primeiro amor” (v. 4 – ARA). A raiz de todo
fracasso na Igreja pode ser atribuída à deserção no coração. Algo havia causado
esfriamento no amor que uma vez existiu em seus corações, e o Senhor sentiu
isso. A palavra traduzida como “primeiro”
na língua original pode ser traduzida como “o
melhor”, como é em Lucas 15:22. Assim, “primeiro
amor” não se refere ao que é primeiro em tempo, mas ao que é primeiro em
qualidade. É o nosso principal (ou melhor) amor que o Senhor quer. T. B. Baines
disse: “O que é para o Noivo amoroso que a noiva seja impecável em seu
comportamento, se suas afeições estivessem esfriando? A mera conduta apropriada
ou a diligência no dever satisfazem o coração que anseia por amor?”.
Sinais desta
decadência do primeiro amor estavam em evidência entre os santos nos dias dos
apóstolos (2 Tm 4:10; 3 Jo 9), mas não demorou muito para que a Igreja em geral
fosse marcada por essa decadência. (Veja Jeremias 2:2).
A palavra para o
vencedor em cada uma das igrejas mostra que há uma maneira de se recuperar da
condição que prevaleceu naquela igreja em particular – mas é tudo em um nível
individual. O Senhor diz: “Quem tem
ouvidos, ouça...”. Ele não diz:
“Os que têm ouvidos, ouçam...” O ponto que devemos tirar
disto é que não precisamos estar contentes com o estado geral que marca os
Cristãos como um todo; podemos nos elevar acima dele e caminhar de uma maneira
que receba a aprovação do Senhor.
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