12) O Fato de que o Evangelho da Graça de Deus Não Será Pregado na
Tribulação Mostra que o Arrebatamento Terá Ocorrido
“O
evangelho da graça de Deus” (At 20:24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4:23, 24:14)
que será pregado por aqueles na tribulação, são totalmente diferentes. São dois
evangelhos distintos pregados por dois propósitos distintos. O evangelho da
graça de Deus chama as pessoas para o céu:
o evangelho do reino chama as pessoas para bênção na Terra. O evangelho que está sendo pregado hoje contém uma
esperança, um chamado e um destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1:5; 1
Pe 1:4; Fl 3:20; 2 Co 5:1-2; Hb 3:1), ao passo que o evangelho do reino que
será pregado na tribulação contém uma bênção terrena sob o reinado de Cristo no
Milênio (Mt 24:14; Sl 96).
O evangelho do
reino anuncia as boas novas de que o reino prometido no Velho Testamento (2 Sm
7:16; Dn 2:44-45, 7:9-27) está prestes a ser estabelecido, e aqueles que
receberem o Rei em fé terão uma parte em sua bênção terrena. Ele foi pregado
primeiro por João Batista no tempo da primeira vinda do Senhor (Mt 3:1-2). O
Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4:23, 10:7). Sua pregação era
chamar a nação ao arrependimento, assim, estaria em condições de receber o Rei,
e se O tivessem recebido, Ele teria estabelecido o reino como prometido pelos
profetas do Velho Testamento. Mas, infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e,
assim, perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação.
Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino não foi mais anunciado
porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Deus, em vez disso,
enviou o evangelho da Sua graça ao mundo gentio para chamar dele um povo para o
Seu nome (At 13:44-48, 15:14; Rm 11:11). Este evangelho ainda está sendo
pregado hoje. O evangelho do reino será pregado novamente pelo remanescente
judeu depois que a Igreja for chamada para o céu. Naquele tempo Deus retomará
Suas tratativas com Israel onde Ele parou, há quase 2.000 anos. Israel será
salvo (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9:6-8, 11:26-27) naquele dia, e
o reino será estabelecido em poder (Ap 11:15).
O ponto que
precisamos ver nisto, é que não há menção do evangelho da graça de Deus sendo
pregado durante a tribulação. A razão óbvia é porque esse evangelho chama os
crentes para fazerem parte da Igreja e, como a Igreja não estará na tribulação,
ele não será anunciado.
Deus não enviará
dois evangelhos diferentes ao mesmo tempo. Seria confusão e confundiria o
chamado celestial com o chamado terrenal com suas respectivas esperanças e
destinos. Se entendermos o evangelho da graça de Deus que é pregado hoje,
saberemos que é impossível ter ao mesmo tempo no período da tribulação, a
Igreja e o remanescente judeu crente. As Escrituras indicam que aqueles que
creem no evangelho da graça de Deus são tirados
de entre os judeus e os gentios (At 15:14, 26:17) e colocados em algo
completamente novo e celestial, “a
Igreja de Deus”. Portanto, existem atualmente três grandes distinções entre
os homens na Terra; os judeus, os gentios e a Igreja de Deus (1 Co 10:32). A
cruz de Cristo acabou com a distinção entre judeus e gentios para os que creram
no evangelho (Gl 3:28; Cl 3:11). Aqueles que creem nesse evangelho não fazem
mais parte das duas companhias em que antes estavam, mas agora fazem parte da
Igreja. Quando um judeu crê no evangelho, ele se torna parte da Igreja (Rm
11:5; Gl 6:16 – “o Israel de Deus”).
Como então poderia haver o remanescente crente de judeus ao mesmo tempo? Isso
mostra que não pode haver a Igreja e o remanescente judeu crente na Terra ao
mesmo tempo.
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