segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Os Juízos dos Selos (o Princípio de Dores) – Cap. 6:1-8:1


JULGAMENTO DAS NAÇÕES  OCIDENTAIS CRISTIANIZADAS
Capítulos 6-11:18
 

Os Juízos dos Selos (o Princípio de Dores) – Cap. 6:1-8:1

A parte da Terra com a qual os juízos dos “selos” e das “trombetas” se relacionam é a Europa Ocidental, e talvez a América do Norte – nações ocidentais que abraçaram exteriormente o Cristianismo. “O Cordeiro” (Cristo) começa a abrir os selos, significando a realização de certos eventos e julgamentos naquela parte da Terra. Esses julgamentos prepararão o caminho para que Ele tome a herança e reine sobre ela na glória do Seu reino.
A palavra das quatro criaturas viventes não é “vem, e vê”, como as versões King James e Almeida Corrigida e Almeida Fiel apresentam (vs. 1, 3, 5, 7), mas simplesmente “Vem” (TB), significando o poder providencial de Cristo para fazer essas coisas acontecerem. Assim, “vem” nesse sentido, refere-se ao Seu comando providencial para fazer com que esses eventos aconteçam. Os cavaleiros representam instituições humanas que serão movidas pela providência de Deus. O Senhor chamou a primeira metade de anos da semana profética de Daniel – onde se encontram os primeiros seis juízos dos selos – de “o princípio de dores” (Mt 24:8).

Cap. 6:1-2 – O primeiro selo aberto. O que é retratado no cavaleiro sobre “um cavalo branco” é a primeira coisa que acontecerá na Terra após o Arrebatamento. O cavaleiro não é Cristo (cap. 19:11), nem é o anticristo (1 Jo 2:18). Refere-se à igreja de Roma usando seu poder, influência e dinheiro para reunir dez nações na Europa Ocidental em uma federação chamada “a besta”. Este é o renascimento do Império Romano indicado em Daniel 2:41-43 e 7:7-8. Apocalipse 17:1-6 também aponta para isso, indicando que a igreja católica romana (sob a figura da prostituta) terá o controle dessa recém-formada federação de nações nos primeiros três anos e meio da semana profética de Daniel 9:27. Para estar sob o controle desse sistema religioso durante esse tempo, o império romano deverá necessariamente ter sido revivido antes.
O cavalo aqui no capítulo 6 é “branco”, significando a pretensão de retidão e pureza de propósito da Roma papal. O cavaleiro tem um “arco” sem flechas, indicando que a conquista de Roma sobre as nações da Europa Ocidental e a sua união em uma superpotência será algo sem sangue. Isso será conseguido por meio de reuniões e tratados de cúpula, e não por guerra. O governo da igreja católica sobre o recém-revivido império será a sétima forma de governo do império em sua história – mas durará somente “um pouco de tempo” – os primeiros três anos e meio da semana profética de Daniel (cap. 17:9-11).
Imediatamente após o surgimento deste novo império no Ocidente, o “príncipe” romano, à frente de suas operações políticas sob a igreja católica, fará um “concerto [aliança] com os judeus para “proteção” deles (a asa da abominação) contra as nações islâmicas que os cercam (Dn 9:27a – JND). A profecia não nos dá mais detalhes sobre quem é esse homem. Ele é simplesmente um testa-de-ferro político da igreja de Roma, que ocupará o cargo de “o príncipe” no início da última semana de anos. O príncipe é identificado como “ele” em Daniel 9:27a.
Este homem não poderia ser o “chifre pequeno” (Dn 7:8, 20-21 – AIBB) – a “besta” em pessoa (Ap 13:4-7, 19:20, etc.) porque tal homem sobe ao poder e apodera-se do ofício de príncipe romano no meio da semana. Sabemos disso porque Apocalipse 13:5 e Daniel 7:25 nos dizem que seu mandato será por “quarenta e dois meses” ou “um tempo, e tempos, e metade dum tempo”. Esses períodos na profecia são medidos a partir do meio da semana até o final da semana (Dn 12:11). Assim, o reinado do “chifre pequeno” ou da besta em pessoa será durante a segunda metade da semana – o tempo da grande tribulação. Quando tomar posse do ofício de príncipe romano no meio da semana, ele violará os termos da aliança que terá sido feita com os judeus (Dn 9:27b – o segundo “ele” [e na metade da semana ele fará...]). Assim, como L. Laurenson apontou, há a realização da aliança e há o rompimento da aliança; estas são duas coisas diferentes feitas por dois homens diferentes (Messiah the Prince, pág. 160). (No livro de Daniel, as posições daqueles que governam entre os reis gentios são ofícios que não necessariamente se referem a um indivíduo. Por exemplo, em conexão com o império grego no capítulo 11, há nove ou dez homens diferentes mencionados no papel do rei do norte, que sucedem um ao outro naquele ofício. Da mesma forma, com o rei do sul. É o mesmo em Daniel 9:27 em conexão com o império romano. O “príncipe” – o primeiro “ele” e o segundo “ele” não são a mesma pessoa.)
A realização dessa aliança é significativa na profecia. Ela marca a retomada do ciclo das semanas (de anos) em Daniel 9:24-27, com a 70ª e última semana prestes a ser cumprida – após a qual, Deus introduzirá o reino como prometido em Daniel 9:24. Como resultado deste pacto sendo feito com Israel, os judeus, que estão atualmente espalhados pelo mundo, se sentirão seguros para retornar à sua terra natal, e o farão em massa, na primeira parte da semana (Is 18:1-4; Sl 73:10). Esta aliança permitirá que os judeus pratiquem o judaísmo (“o sacrifício e a oferta de manjares” – Dn 9:27) de acordo com a Lei de Moisés, sem serem molestados. Sacrificar seus animais e apresentá-los a Jeová é algo que eles não fazem há mais de 2.000 anos (Os 3:4).

Cap. 6:3-4 – O segundo selo aberto. A paz civil será tirada das nações da Europa ocidental (Mt 24:6-7a). O cavalo é “vermelho”, indicando derramamento de sangue.

Cap. 6:5-6 – O terceiro selo aberto. A agricultura falhará e uma fome generalizada se seguirá (Mt 24:7b). O cavalo é “preto”, indicando um tempo de lamentação e luto. “O vinho e o azeite” referem-se aos ricos da sociedade – particularmente os judeus que retornaram em massa à sua pátria (Pv 21:17).

Cap. 6:7-8 – O quarto selo aberto. A peste (doença) se espalhará pela Europa ocidental (“a quarta parte da Terra”) e muitos morrerão (Mt 24:7c). O cavalo é “amarelo [pálido], indicando doença e morte.

Cap. 6:9-11 – O quinto selo aberto. As autoridades de Roma começarão a martirizar as testemunhas judias que pregarão o evangelho do reino (Mt 24:9). Este evangelho anuncia que há um Rei que virá e que derrubará todo o poder governamental e estabelecerá o Seu próprio reino, no qual Ele reinará supremo (Sl 96). Isto será considerado subversivo para o regime católico (a prostituta – cap. 17) que estará no controle do império (a besta) naquele tempo, e atrairá sua ira contra essas testemunhas, que serão vistos como revolucionários. Assim, eles serão presos e executados pelas autoridades – martirizados (Ap 17:6). As almas destas testemunhas permanecerão no estado separado (o Hades) até o final da semana profética, e então elas serão ressuscitadas (Ap 14:13).

Cap. 6:12-17 – O sexto selo aberto. Quando as coisas se aproximarem da metade da semana, Satanás será lançado na Terra (cap. 12:7-9, 13), e imediatamente causará uma convulsão no governo das nações confederadas do Ocidente, sob a liderança do sistema católico. Então, haverá um grande abalo político. Isto é apresentado simbolicamente sob a figura de “um grande terremoto” (TB). Como resultado, os ofícios de governo no ocidente serão temporariamente lançados em um estado de confusão e anarquia. Não é mencionado aqui, mas Satanás então energizará um homem (a besta em pessoa) que se levantará do caos e assumirá o controle da liderança do império (Ap 13:1-10) e motivará os dez reis (nações) da federação a derrubar o regime católico – a prostituta (Ap 17:16-17).
O coração dos homens desmaiará de terror, em vista do que está por vir (Lc 21:25-26). O fato de que eles falam da “ira do Cordeiro” mostra que são pessoas esclarecidas que estão familiarizadas com o evangelho e certas verdades bíblicas, mas infelizmente negligenciaram receber a Cristo como seu Salvador quando tiveram oportunidade de fazê-lo. Eles erroneamente pensam que Ele está prestes a vir e julgar o mundo, mas isso acontecerá mais tarde.

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