JULGAMENTO
DAS NAÇÕES OCIDENTAIS
CRISTIANIZADAS
Capítulos 6-11:18
Os Juízos dos Selos (o Princípio de Dores) – Cap. 6:1-8:1
A parte da Terra
com a qual os juízos dos “selos” e
das “trombetas” se relacionam é a
Europa Ocidental, e talvez a América do Norte – nações ocidentais que abraçaram
exteriormente o Cristianismo. “O
Cordeiro” (Cristo) começa a abrir os selos, significando a realização de
certos eventos e julgamentos naquela parte da Terra. Esses julgamentos
prepararão o caminho para que Ele tome a herança e reine sobre ela na glória do
Seu reino.
A palavra das
quatro criaturas viventes não é “vem, e vê”, como as versões King James e
Almeida Corrigida e Almeida Fiel apresentam (vs. 1, 3, 5, 7), mas simplesmente “Vem” (TB), significando o poder
providencial de Cristo para fazer essas coisas acontecerem. Assim, “vem” nesse sentido, refere-se ao Seu
comando providencial para fazer com que esses eventos aconteçam. Os cavaleiros
representam instituições humanas que serão movidas pela providência de Deus. O
Senhor chamou a primeira metade de anos da semana profética de Daniel – onde se
encontram os primeiros seis juízos dos selos – de “o princípio de dores” (Mt 24:8).
Cap. 6:1-2 – O primeiro selo aberto. O que é
retratado no cavaleiro sobre “um cavalo
branco” é a primeira coisa que acontecerá na Terra após o Arrebatamento. O cavaleiro não é Cristo (cap. 19:11), nem é
o anticristo (1 Jo 2:18). Refere-se à igreja de Roma usando seu poder,
influência e dinheiro para reunir dez nações na Europa Ocidental em uma
federação chamada “a besta”. Este é
o renascimento do Império Romano indicado em Daniel 2:41-43 e 7:7-8. Apocalipse
17:1-6 também aponta para isso, indicando que a igreja católica romana (sob a
figura da prostituta) terá o controle dessa recém-formada federação de nações
nos primeiros três anos e meio da semana profética de Daniel 9:27. Para estar
sob o controle desse sistema religioso durante esse tempo, o império romano
deverá necessariamente ter sido revivido antes.
O cavalo aqui no
capítulo 6 é “branco”, significando
a pretensão de retidão e pureza de propósito da Roma papal. O cavaleiro tem um “arco” sem flechas, indicando que a
conquista de Roma sobre as nações da Europa Ocidental e a sua união em uma
superpotência será algo sem sangue. Isso será conseguido por meio de reuniões e
tratados de cúpula, e não por guerra. O governo da igreja católica sobre o
recém-revivido império será a sétima forma de governo do império em sua
história – mas durará somente “um pouco
de tempo” – os primeiros três anos e meio da semana profética de Daniel
(cap. 17:9-11).
Imediatamente
após o surgimento deste novo império no Ocidente, o “príncipe” romano, à frente de suas operações políticas sob a
igreja católica, fará um “concerto
[aliança]” com os judeus para “proteção” deles (a asa da abominação) contra
as nações islâmicas que os cercam (Dn 9:27a – JND). A profecia não nos dá mais
detalhes sobre quem é esse homem. Ele é simplesmente um testa-de-ferro político
da igreja de Roma, que ocupará o cargo de “o
príncipe” no início da última semana de anos. O príncipe é identificado como
“ele” em Daniel 9:27a.
Este homem não poderia ser o “chifre pequeno” (Dn 7:8, 20-21 – AIBB) – a “besta” em pessoa (Ap 13:4-7, 19:20, etc.) porque tal homem sobe ao
poder e apodera-se do ofício de príncipe romano no meio da semana. Sabemos disso porque Apocalipse 13:5 e Daniel
7:25 nos dizem que seu mandato será por “quarenta
e dois meses” ou “um tempo, e
tempos, e metade dum tempo”. Esses períodos na profecia são medidos a
partir do meio da semana até o final da semana (Dn 12:11). Assim, o reinado do “chifre pequeno” ou da besta em pessoa
será durante a segunda metade da semana – o tempo da grande tribulação. Quando
tomar posse do ofício de príncipe romano no meio da semana, ele violará os
termos da aliança que terá sido feita com os judeus (Dn 9:27b – o segundo “ele” [e na metade da semana ele
fará...]). Assim, como L. Laurenson apontou, há a realização da aliança e há o rompimento
da aliança; estas são duas coisas diferentes feitas por dois homens diferentes
(Messiah the Prince, pág. 160). (No
livro de Daniel, as posições daqueles que governam entre os reis gentios são
ofícios que não necessariamente se referem a um indivíduo. Por exemplo, em
conexão com o império grego no capítulo 11, há nove ou dez homens diferentes
mencionados no papel do rei do norte, que sucedem um ao outro naquele ofício.
Da mesma forma, com o rei do sul. É o mesmo em Daniel 9:27 em conexão com o império
romano. O “príncipe” – o primeiro “ele” e o segundo “ele” não são a mesma pessoa.)
A realização
dessa aliança é significativa na profecia. Ela marca a retomada do ciclo das
semanas (de anos) em Daniel 9:24-27, com a 70ª e última semana prestes a ser
cumprida – após a qual, Deus introduzirá o reino como prometido em Daniel 9:24.
Como resultado deste pacto sendo feito com Israel, os judeus, que estão
atualmente espalhados pelo mundo, se sentirão seguros para retornar à sua terra
natal, e o farão em massa, na primeira parte da semana (Is 18:1-4; Sl 73:10).
Esta aliança permitirá que os judeus pratiquem o judaísmo (“o sacrifício e a oferta de manjares” – Dn 9:27) de acordo com a
Lei de Moisés, sem serem molestados. Sacrificar seus animais e apresentá-los a
Jeová é algo que eles não fazem há mais de 2.000 anos (Os 3:4).
Cap. 6:3-4 – O segundo selo aberto. A paz civil será
tirada das nações da Europa ocidental (Mt 24:6-7a). O cavalo é “vermelho”, indicando derramamento de
sangue.
Cap. 6:5-6 – O terceiro selo aberto. A agricultura
falhará e uma fome generalizada se seguirá (Mt 24:7b). O cavalo é “preto”, indicando um tempo de
lamentação e luto. “O vinho e o azeite”
referem-se aos ricos da sociedade – particularmente os judeus que retornaram em
massa à sua pátria (Pv 21:17).
Cap. 6:7-8 – O quarto selo aberto. A peste (doença)
se espalhará pela Europa ocidental (“a
quarta parte da Terra”) e muitos
morrerão (Mt 24:7c). O cavalo é “amarelo
[pálido]”, indicando doença e morte.
Cap. 6:9-11 – O quinto selo aberto. As autoridades de
Roma começarão a martirizar as testemunhas judias que pregarão o evangelho do
reino (Mt 24:9). Este evangelho anuncia que há um Rei que virá e que derrubará
todo o poder governamental e estabelecerá o Seu próprio reino, no qual Ele
reinará supremo (Sl 96). Isto será considerado subversivo para o regime
católico (a prostituta – cap. 17) que estará no controle do império (a besta)
naquele tempo, e atrairá sua ira contra essas testemunhas, que serão vistos como
revolucionários. Assim, eles serão presos e executados pelas autoridades –
martirizados (Ap 17:6). As almas destas testemunhas permanecerão no estado
separado (o Hades) até o final da semana profética, e então elas serão
ressuscitadas (Ap 14:13).
Cap. 6:12-17 – O sexto selo aberto. Quando as coisas se
aproximarem da metade da semana, Satanás será lançado na Terra (cap. 12:7-9,
13), e imediatamente causará uma convulsão no governo das nações confederadas
do Ocidente, sob a liderança do sistema católico. Então, haverá um grande abalo
político. Isto é apresentado simbolicamente sob a figura de “um grande terremoto” (TB). Como
resultado, os ofícios de governo no ocidente serão temporariamente lançados em
um estado de confusão e anarquia. Não é mencionado aqui, mas Satanás então energizará
um homem (a besta em pessoa) que se levantará do caos e assumirá o controle da
liderança do império (Ap 13:1-10) e motivará os dez reis (nações) da federação
a derrubar o regime católico – a prostituta (Ap 17:16-17).
O coração dos
homens desmaiará de terror, em vista do que está por vir (Lc 21:25-26). O fato
de que eles falam da “ira do Cordeiro”
mostra que são pessoas esclarecidas que estão familiarizadas com o evangelho e
certas verdades bíblicas, mas infelizmente negligenciaram receber a Cristo como
seu Salvador quando tiveram oportunidade de fazê-lo. Eles erroneamente pensam
que Ele está prestes a vir e julgar o mundo, mas isso acontecerá mais tarde.
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