A Primeira Besta
Vs. 1-3 – A terceira coisa que ocorre em torno da
metade da semana profética é que o governo no ocidente (a recém-formada
federação de dez nações chamada “a
besta” – cap. 17:3) assumirá uma nova e diferente forma por meio de um
homem maligno, que terá poder satânico por trás dele. Este homem subirá ao
poder no império a partir de uma convulsão política (o “grande terremoto” – cap. 6:12 – ARA) que Satanás causará no
governo sob “a prostituta” – a
igreja católica (Ap 17:1-6). Esse líder político é conhecido pelo mesmo nome do
império – a “besta” (vs. 4-8, 19:20,
20:10). Ele também é referido como a “chifre
pequeno” (Dn 7:8 – AIBB), “o rei da
Babilônia” (Is 14:4); “o príncipe”
(Dn 9:26-27 – o segundo “ele”).
A “besta” que surge “do mar”, tendo “sete
cabeças e dez chifres” é a federação europeia de dez nações do ocidente – o
império romano renascido (Dn 2:40-45; Ap 17:3, 9-11). No entanto, seu
surgimento vindo do mar, como se vê aqui, não
está se referindo ao renascimento do império (o que acontece no início da
semana profética por meio da igreja católica – Ap 6:1-2), mas ao seu satânico surgimento
em meio a um estado de caos político que existirá momentaneamente na metade da
semana, resultante da revolta no governo que Satanás causará. O “mar” significa o estado instável de
coisas que existirá entre as nações do ocidente naquela época. Os “diademas” que estavam na cabeça do
dragão no capítulo 12:3 agora são vistos nos “dez chifres” da besta. Isso significa Satanás conferindo poder ao
império por meio do homem maligno que assumirá o trono de “príncipe” romano.
Então nos é dito
como isso vai acontecer. Uma das cabeças da besta será “ferida” e depois miraculosamente “curada” (v. 3). Isso se refere ao fim do controle governamental
que a igreja católica terá sobre o império, e a ascensão de um novo governo que
a substituirá. Essa mudança é mencionada no capítulo 17:10-11 na sétima cabeça
(forma de governo) sob a igreja católica (a prostituta) continuando por “um pouco de tempo” (os primeiros 3
anos e meio da semana profética), e então, sendo derrubada. A cabeça curada se
tornará a “oitava” forma de governo,
que estará sob a besta em pessoa. Será uma forma satânica de governo que
continuará “sua carreira” (JND) por “quarenta e dois meses” (os últimos
três anos e meio da semana), até a Aparição de Cristo, quando será julgada. Até
lá, “toda a terra” ficará
maravilhada com o monstro que as nações confederadas ocidentais terão se
transformado naqueles dias. Nenhuma nação ou poder ousará desafiar essa
superpotência militar.
Tendo tomado o
controle do império, a besta aceitará a adoração de seus súditos e blasfemará
contra Deus (vs. 4-6). Ao mesmo tempo, ela voltará sua atenção para perseguir
aqueles (“os santos”) que se
recusarão a adorá-la (vs. 7-10).
A Segunda Besta
Vs. 11-18 – A quarta coisa que ocorrerá em torno da metade da semana é a
revelação do “anticristo” (1 Jo
2:18). Ele também é chamado de “homem do
pecado” (2 Ts 2:3-4) e “o rei”
(Is 8:21, 30:33, 57:9; Dn 11:36), e “o
falso profeta” (Ap 16:13, 19:20, 20:10). Este homem se torna proeminente depois da primeira besta ser revelada e,
portanto, seu mandato é também durante a última metade da semana profética.
Esta besta tem “dois chifres” denotando o duplo caráter do anticristo como o “falso profeta” e o obstinado “rei” dos judeus. Isto é uma imitação
de Cristo, o verdadeiro Profeta (Dt 18:15-19; Mt 21:11; Lc 7:16, Jo 6:14) e o
verdadeiro Rei (Mt 2:1-6; Ap 19:16). Também é dito que ele é “semelhante a um cordeiro” porque é um
impostor de Cristo, o verdadeiro “Cordeiro
de Deus” (Jo 1:29, 35). Ele será um judeu apóstata (Dn 11:37) que se
levantará “da terra” (a cena
ordenada da vida judaica em Israel), e será recebido pela massa de judeus como
seu falso messias (Jo 5:43).
Satanás usará esse homem para conduzir a
massa não selada de judeus da terra de Israel (Ap 9:4), e a massa de Cristãos
professos apóstatas das nações ocidentais (2 Ts 2:3), a adorarem “uma imagem” que ele erigirá da primeira
besta (Ap 13:14-15). Sua missão será trazer a grande “apostasia” ao ocidente (2 Ts 2:3) – o que já começou hoje,
enquanto a Igreja está na Terra (1 Tm 4:1 – “apostatarão”) – ao seu ápice. Ele enganará as massas para que
acreditem em sua “mentira” (2 Ts
2:9-12; Ap 9:1-11) e para que recebam a marca da besta e adorem a imagem – uma
nova forma de idolatria. Ele trabalhará em conjunto com a primeira besta para
organizar e desencadear uma feroz perseguição no ocidente, contra o
remanescente judeu e todo gentio crente, os quais não adorarão a imagem da
besta (v. 15; Sl 10:8-10). Como resultado, muitos santos serão martirizados na
grande tribulação (Ap 13:7, 15, 14:2-3b, 15:2-3; Sl 12:1; Is 57:1-2).
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