segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Primeira e a Segunda Besta


A Primeira Besta
Vs. 1-3 – A terceira coisa que ocorre em torno da metade da semana profética é que o governo no ocidente (a recém-formada federação de dez nações chamada “a besta” – cap. 17:3) assumirá uma nova e diferente forma por meio de um homem maligno, que terá poder satânico por trás dele. Este homem subirá ao poder no império a partir de uma convulsão política (o “grande terremoto” – cap. 6:12 – ARA) que Satanás causará no governo sob “a prostituta” – a igreja católica (Ap 17:1-6). Esse líder político é conhecido pelo mesmo nome do império – a “besta” (vs. 4-8, 19:20, 20:10). Ele também é referido como a “chifre pequeno” (Dn 7:8 – AIBB), “o rei da Babilônia” (Is 14:4); “o príncipe” (Dn 9:26-27 – o segundo “ele”).
A “besta” que surge “do mar”, tendo “sete cabeças e dez chifres” é a federação europeia de dez nações do ocidente – o império romano renascido (Dn 2:40-45; Ap 17:3, 9-11). No entanto, seu surgimento vindo do mar, como se vê aqui, não está se referindo ao renascimento do império (o que acontece no início da semana profética por meio da igreja católica – Ap 6:1-2), mas ao seu satânico surgimento em meio a um estado de caos político que existirá momentaneamente na metade da semana, resultante da revolta no governo que Satanás causará. O “mar” significa o estado instável de coisas que existirá entre as nações do ocidente naquela época. Os “diademas” que estavam na cabeça do dragão no capítulo 12:3 agora são vistos nos “dez chifres” da besta. Isso significa Satanás conferindo poder ao império por meio do homem maligno que assumirá o trono de “príncipe” romano.
Então nos é dito como isso vai acontecer. Uma das cabeças da besta será “ferida” e depois miraculosamente “curada” (v. 3). Isso se refere ao fim do controle governamental que a igreja católica terá sobre o império, e a ascensão de um novo governo que a substituirá. Essa mudança é mencionada no capítulo 17:10-11 na sétima cabeça (forma de governo) sob a igreja católica (a prostituta) continuando por “um pouco de tempo” (os primeiros 3 anos e meio da semana profética), e então, sendo derrubada. A cabeça curada se tornará a “oitava” forma de governo, que estará sob a besta em pessoa. Será uma forma satânica de governo que continuará “sua carreira” (JND) por “quarenta e dois meses” (os últimos três anos e meio da semana), até a Aparição de Cristo, quando será julgada. Até lá, “toda a terra” ficará maravilhada com o monstro que as nações confederadas ocidentais terão se transformado naqueles dias. Nenhuma nação ou poder ousará desafiar essa superpotência militar.
Tendo tomado o controle do império, a besta aceitará a adoração de seus súditos e blasfemará contra Deus (vs. 4-6). Ao mesmo tempo, ela voltará sua atenção para perseguir aqueles (“os santos”) que se recusarão a adorá-la (vs. 7-10).

A Segunda Besta

Vs. 11-18 – A quarta coisa que ocorrerá em torno da metade da semana é a revelação do “anticristo” (1 Jo 2:18). Ele também é chamado de “homem do pecado” (2 Ts 2:3-4) e “o rei” (Is 8:21, 30:33, 57:9; Dn 11:36), e “o falso profeta” (Ap 16:13, 19:20, 20:10). Este homem se torna proeminente depois da primeira besta ser revelada e, portanto, seu mandato é também durante a última metade da semana profética.

Esta besta tem “dois chifres” denotando o duplo caráter do anticristo como o “falso profeta” e o obstinado “rei” dos judeus. Isto é uma imitação de Cristo, o verdadeiro Profeta (Dt 18:15-19; Mt 21:11; Lc 7:16, Jo 6:14) e o verdadeiro Rei (Mt 2:1-6; Ap 19:16). Também é dito que ele é “semelhante a um cordeiro” porque é um impostor de Cristo, o verdadeiro “Cordeiro de Deus” (Jo 1:29, 35). Ele será um judeu apóstata (Dn 11:37) que se levantará “da terra” (a cena ordenada da vida judaica em Israel), e será recebido pela massa de judeus como seu falso messias (Jo 5:43).

Satanás usará esse homem para conduzir a massa não selada de judeus da terra de Israel (Ap 9:4), e a massa de Cristãos professos apóstatas das nações ocidentais (2 Ts 2:3), a adorarem “uma imagem” que ele erigirá da primeira besta (Ap 13:14-15). Sua missão será trazer a grande “apostasia” ao ocidente (2 Ts 2:3) – o que já começou hoje, enquanto a Igreja está na Terra (1 Tm 4:1 – “apostatarão”) – ao seu ápice. Ele enganará as massas para que acreditem em sua “mentira” (2 Ts 2:9-12; Ap 9:1-11) e para que recebam a marca da besta e adorem a imagem – uma nova forma de idolatria. Ele trabalhará em conjunto com a primeira besta para organizar e desencadear uma feroz perseguição no ocidente, contra o remanescente judeu e todo gentio crente, os quais não adorarão a imagem da besta (v. 15; Sl 10:8-10). Como resultado, muitos santos serão martirizados na grande tribulação (Ap 13:7, 15, 14:2-3b, 15:2-3; Sl 12:1; Is 57:1-2).


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