segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019


Um Testemunho Adequado Será Mantida em Jerusalém –Cap. 11:1-14
A segunda parte deste parêntese indica que a Aparição de Cristo será também o tempo da libertação dos judeus e da bênção das nações. E enquanto esperam por isto, Deus os usará como testemunho durante a grande tribulação.
Vs. 1-2 – O “Anjo” (na KJV) que fala com João aqui é o mesmo Anjo mencionado no capítulo 10:1, pois o assunto está conectado pela conjunção “e”. É o próprio Senhor. Isso fica claro no versículo 3 – “E darei poder às Minhas duas testemunhas... Isso só poderia ser o Senhor falando. João recebe uma “cana” e é instruído a “medir” três coisas: “o templo de Deus”, “o altar” e “os que nele adoram”. Como regra nas Escrituras, quando Deus mede alguma coisa, é um sinal de que Ele está prestes a aceitá-la com bênção em mente (Jr 31:39; Zc 2:1-5; Ez 40-43). A medição também implica que Ele conhece e Se importa com aquilo que Ele mede. 
  • “O templo de Deus” – significa o lugar de Sua morada.
  • “O altar” – significa uma aproximação a Deus no terreno de um sacrifício.
  • “Os que nele adoram” – significa o remanescente judeu. 

Colocando essas três coisas juntas, aprendemos que no tempo da grande apostasia, que resultará dos enganos do anticristo, Deus terá uma companhia de judeus (o remanescente) que permanecerá fiel e se aproximará de Sua presença em adoração e oração.
O “átrio” no templo é onde a massa do povo ficava, no lado de fora do santuário (Lc 1:10, 22); isso significa a massa dos judeus naquele dia futuro. Esta massa não é medida porque esses judeus serão infiéis e apóstatas. Eles terão recebido o anticristo e acreditado em sua mentira, e assim adorarão a imagem da besta. Eles certamente não serão tomados para bênção, mas, sim, entregues “às nações” (a confederação ocidental sob a besta) que terá o controle da “cidade santa” de Jerusalém e da terra de Israel durante a segunda metade da semana profética vindoura. Assim, a massa apóstata de judeus será pisada “debaixo dos pés” (TB) e serão como cativos e servos no império da besta durante esse tempo. Eles farão o que for necessário para intensificar a perseguição de seus irmãos – o fiel remanescente judeu.
Vs. 3 – Independentemente de quão tenebrosas ficarão as coisas na grande tribulação, quando a mentira do anticristo enganar o mundo ocidental e os judeus apóstatas na terra de Israel, Deus manterá um testemunho adequado para Si, representado por “duas testemunhas”. (“Dois” é o número de testemunho adequado na Escritura – Jo 8:17; Dt 19:15). Essas testemunhas não são duas pessoas literais, como muitos pensaram. Em vez disso, elas simbolizam uma porção pequena, mas adequada, do remanescente judeu que permanecerá na cidade de Jerusalém (onde o anticristo reinará) para testemunhar por Deus em face da grande apostasia. Esta porção do remanescente judeu será miraculosamente capacitada por Deus para este testemunho especial. (O restante do remanescente fugirá para as montanhas em busca de segurança – Mt 24:16.).
F. B. Hole disse: “A questão surge naturalmente: devemos entender esses versículos como prevendo a ascensão de dois homens reais? Ou será que Deus levanta e mantém, enquanto Lhe aprouver, um testemunho suficiente e poderoso, tendo as características como de Elias e Moisés? Nós nos inclinamos para a segunda opção e isso especialmente por causa do caráter simbólico de todo o livro. Pensamos então que eles indicam – não um testemunho grande e abundante; isso seria indicado por três e não por dois – um testemunho suficiente, divinamente, na verdade miraculosamente preservado e sustentado naquela época” (The Revelation, pág. 247).
W. Scott disse: “Sobre a questão do número de testemunhas, inumeráveis conjecturas avançaram, como os dois Testamentos, a Lei e o Evangelho, Huss e Gerônimo, os Valdenses e os Albigenses, etc. Outros com mais demonstração de razão e com uma aparente sanção das Escrituras, supunham que Moisés e Elias são as duas testemunhas, citando Malaquias 4:4-5 em prova de sua argumentação. ‘Lembrai-vos da lei de Moisés, Meu servo’ (v. 4) não implicaria uma presença pessoal do grande legislador nas cenas dos últimos dias; ao passo que o versículo 5 parece uma declaração muito expressa de que o distinto profeta reaparecerá novamente na Palestina: ‘Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor’. Um testemunho completo e adequado é a ideia propositadamente pretendida no número de testemunhas. Parece-nos que é necessário um número maior do que efetivamente dois na solene crise diante de nós, e porque o versículo oito supõe um grupo de testemunhas mortas” (The Book of Revelation, pág. 230).
A pergunta foi submetida ao editor da revista Help and Food: “Pergunta: – Você poderia gentilmente explicar o significado das ‘duas testemunhas’ de Apocalipse 11:3? Resposta: – Acreditamos que eles são o remanescente judeu fiel durante a segunda metade da última semana de Daniel – o tempo da grande tribulação. O número dois não é necessariamente literal, mas denota um testemunho adequado, assim como a Lei exigia... Como Moisés e Elias, cujo testemunho foi sob circunstâncias similares, e análoga à deles; eles têm poder contra seus inimigos, embora estejam em opróbrio e sofrimento, por estar o Rei ainda distante” (Help and Food, vol. 19, pág. 252).
Vs. 4-6 – Estas “duas oliveiras” e “dois castiçais” profetizarão “mil duzentos e sessenta dias” em espírito de luto (“vestidas de pano de saco” v. 3). Esses são 18 dias antes dos “quarenta e dois meses” (1278 dias), que é o fim da semana profética, quando o Senhor vai aparecer. Isso mostra que Deus em misericórdia vai abreviar os dias de seu sofrimento, porque a intensidade da perseguição contra os Seus eleitos será muito grande (Mt 24:22). Portanto, a grande tribulação causada pela besta e pelo anticristo acontecerá por 1260 dias. Não é mencionado aqui, mas essa grande perseguição será interrompida pelas invasões do rei do norte e sua confederação árabe (Dn 11:40-42; Sl 83). Eles entrarão na terra, vindo do norte e matarão os judeus apóstatas – os perseguidores do remanescente. Poderão ser até dez milhões de judeus apóstatas mortos em poucos dias (Zc 13:8), após o que a Aparição de Cristo ocorrerá.
Vs. 7-14 – Quando o “testemunho” das duas testemunhas estiver terminado, eles serão mortos e depois arrebatados ao céu na última fase da primeira ressurreição (cap. 14:13). Os “demais [remanescente – JND] mencionados no versículo 13 não são o remanescente dos judeus tementes a Deus, mas simplesmente o resto das pessoas na cidade que não foram mortas pelo terremoto. Estes são judeus culpados, apóstatas e não arrependidos, que desejam que Deus se afaste deles. Eles dão “glória ao Deus do céu”, não no sentido de adoração de seus corações, mas como sendo forçados a admitirem que tem sido a Sua mão que fez com que isso acontecesse.

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