Os Direitos de Cristo por Meio da Criação
Cap. 4:1-11
O pecado
arruinou a criação, mas o julgamento irá purificá-la e trazê-la de volta a um
estado em que possa ser usada para seu propósito original – que é o palco para
a manifestação da glória de Cristo, o Filho de Deus e o Filho do Homem.
Vs. 2-5 – “O trono” nos apresenta um símbolo da
sede de governo e de autoridade de Deus no universo. Aprendemos com isso que
Deus está no controle nos bastidores, com Sua mão governante. Como Criador, o
Senhor tem direitos sobre Sua criação. No entanto, antes que possa ser usada
para a manifestação de Sua glória no reino, a criação precisa ser purificada e
libertada do pecado, de Satanás e do mundo. O mesmo poder de Deus que criou o
mundo inteiro será usado para levá-la de volta a Deus. O próprio Cristo
intervirá no curso deste mundo (em Sua Aparição) para tomar os reinos deste
mundo, e eles virão “a ser de nosso
Senhor e do Seu Cristo” (Ap 11:15).
Aqu’Ele que está
assentado no trono não é descrito, mas pedras preciosas são usadas para mostrar
Sua glória no governo. A. Roach disse que “jaspe”
e “sardônica” indicam a glória
revelada do Senhor e Sua glória não revelada. Além disso, há um “arco celeste estava ao redor do trono”.
Isso fala do pacto de bênção de Deus com a Terra após o juízo (Gn 9). Um arco-íris, como sabemos, aparece depois de
uma tempestade. Portanto, esta é uma promessa de que Deus trará bênçãos para a
Terra depois que a tempestade de Seu juízo tiver passado por ela. Dizem que o
arco-íris tem apenas uma cor “esmeralda”.
Verde é a cor do frescor e indica que a promessa de Deus está fresca em Sua
mente e que agora Ele está prestes a cumpri-la. “Os vinte e quatro anciãos” representam crentes dos tempos do Velho
e do Novo Testamento em seu estado glorificado. Eles estão “vestidos de vestes brancas”, indicando que foram purificados pela
obra de Cristo na cruz. Eles têm o seu lugar no céu em “tronos” ao redor do “trono” central. Os “relâmpagos, e trovões, e vozes” que
saem do trono indicam que o juízo será o meio de limpeza da Terra (Is 26:9). As
“sete lâmpadas” trazem diante de nós
o pensamento de que Deus, pelo poder do Espírito, está prestes a examinar todo
mal e tratar dele com justiça.
Vs. 6-8 – O “mar de vidro” é uma alusão à pia do
templo, que era usada para limpeza (1 Rs 7:23-26). Aqui não é de água, mas de
vidro. Sugere uma cena de pureza fixa para todos os que fazem parte dessa cena
celestial.
Como mencionado,
“as quatro criaturas viventes”
simbolizam a execução do governo de Deus na Terra, associado ao Seu trono. Como
mescladas com os anjos neste quarto capítulo, elas parecem incorporar os
atributos tanto dos querubins como
dos serafins. Os querubins dizem
respeito ao governo público da glória de Deus na Terra (Gn 3:24; Êx 25:17-20;
Ez 10:1-22) e os serafins dizem
respeito à manutenção da santidade de Deus (Is 6:1-7).
Vs. 9-11 – A
grande questão é esta: quem é digno de executar o juízo e preparar a Terra para
o reino vindouro? A resposta é: Aqu’Ele que a criou. Isto pede por louvor àqu’Ele
que é o Criador de todas as criaturas do universo. Todo o céu irrompe em louvor
ao Senhor Jesus Cristo por causa de Seus direitos de Criador.
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