segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A Administração Universal da Terra pela Igreja


A Administração Universal da Terra pela Igreja

Cap. 21:11 – A “cidade” celestial é o vaso de manifestação de Deus pelo qual a Sua glória e a glória de Cristo fluirão. “Ouro” é o material proeminente nesses versículos. Ele fala da justiça divina que será o regime do reino (Is 32:1, 61:11). A “cidade” será adornada com “a glória de Deus” e será usada para transmitir essa glória (“luz”) diante do mundo (Ef 2:7). Sua glória é como “uma pedra de jaspe” (um diamante), “como o cristal resplandecente” porque naquele dia, sendo glorificada, não haverá nada na Igreja para impedir o fluxo da glória de Cristo.
Cap. 21:12-13 – A cidade tem “um muro”, que fala de separação e isolamento, e, portanto, a exclusão de tudo o que não é de Cristo. Esta é a evidência de que no Milênio ainda haverá inimigos e a presença do mal (1 Co 15:25-26). Mas nenhum mal ou predador penetrará nessa cidade! A cidade também tem “doze portas”. Elas falam da responsabilidade administrativa (Dt 25:7; Js 20:4; Rt 4:1-2) e da admissão de tudo o que é de Cristo. Nas portas há “doze anjos”. Eles representam toda a inumerável companhia de seres angelicais. Eles não fazem parte da cidade, mas esperam do lado de fora dela para realizar todo serviço que a Igreja julgue necessário no governo da Terra.
Cap. 21:14-20 – A cidade tem “doze fundamentos” adornados com “pedras preciosas”. Isso fala das variadas glórias de Cristo brilhando nos santos e por meio dos santos. Pedras preciosas não têm luz própria e nem os santos têm glória em si mesmos – sua beleza resultará da glória de Cristo refletida neles. (Compare Salmo 90:17). Como as pedras têm várias cores e matizes, os santos em seu estado glorificado conservarão a sua individualidade. A cidade como um todo é “ouro puro” (v. 18), mas também é como “vidro puro”, o que significa que a cidade será uma demonstração de justiça perante o mundo.
Cap. 21:21 – Ela também terá “doze pérolas” engastadas em suas portas. Uma pérola é um objeto de preciosidade (Mt 13:45-46). Por isso, a Igreja será manifestada diante do mundo como objeto de preciosidade para o coração de Cristo (Jo 17:23; Ap 3:9). A cidade tem uma “rua” [TB] de ouro puro que a atravessa. Na vida cotidiana, uma rua é o meio pelo qual os homens interagem uns com os outros nos negócios e no prazer. Fala da intercomunhão dos santos. Ser de “ouro puro” indica que a comunhão e a intercomunhão na cidade estarão em sintonia com as linhas do que é divino, e não do que é natural e mundano.
Cap. 21:22-27 – Pelo menos sete coisas são mencionadas como não estando na cidade. Não haverá “templo”. Isto é, nada que esconda a presença de Deus e o acesso a Ele. Também não haverá “Sol” (luz criada), nem “Lua” (luz refletida), nem “candeia” [TB] (luz artificial). Isto indica que não haverá necessidade de coisas terrenas e naturais para guiar as decisões administrativas tomadas pela cidade em relação ao seu governo da Terra. Também não haverá “noite” lá porque a luz do conhecimento de Deus irá permear tudo (v. 25). A luz vai encher a cidade. Isto será em um sentido literal, bem como em um sentido espiritual. As nações da Terra “andarão à sua luz” [da cidade] (v. 24).
Isso significa que a Terra será ordenada e regulada pelos princípios práticos da justiça divina que serão sustentados pela cidade. Esse conhecimento (“luz”) relacionado à justiça prática será disseminado na Terra por meio de Israel (Is 2:2-3, 61:6, etc.). Assim, as nações serão instruídas sobre como viver sob um reino de justiça.
Naquele dia, a Igreja será “a luz do mundo” de uma maneira perfeita (Mt 5:14). (Hoje a Igreja é um testemunho muito imperfeito para o mundo.) As portas da cidade estarão abertas continuamente (“não se fecharão”) para receber o reconhecimento e o respeito que lhe são devidos. Também não haverá nada que “contamine” na cidade (v. 27). E por último, lá não haverá “maldição” (cap. 22:3).
Em resumo, a cidade não exigirá nada da natureza ou do mundo para sustentá-la. As nações também trarão sua “glória e honra” a ela (v. 26). Isso não significa que a Igreja receberá louvores das nações da Terra, mas que as nações trarão sua homenagem àqu’Ele que ali habita.

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