Três
Anúncios da Vinda do Senhor
Antes disso,
anjos e anciãos se comunicaram com João sobre eventos futuros, mas agora, eles desvanecem
ao fundo e o próprio Senhor fala. Este é um final apropriado para o que foi
revelado no livro. Ele anuncia Sua vinda – “Eis
que cedo venho” – três vezes, de três maneiras diferentes (vs. 7, 12,
20). Cada apresentação de Sua vinda tem uma aplicação tanto para o crente
quanto para o incrédulo.
Cap. 22:7-11 – O
primeiro anúncio da vinda do Senhor destina-se
a nos livrar de nos estabelecermos neste mundo enquanto esperamos que Ele
venha. Se “guardarmos” em mente os
juízos que estão prestes a cair sobre o mundo, isso terá o efeito prático em
nossas vidas para nos livrar do mundanismo. Como resultado, o curso de nossas
vidas será alterado, sabendo que o juízo está vindo sobre tudo o que vemos. Se
corretamente considerados, nossas energias não serão desperdiçadas em construir
o que é “guardado para o fogo”, mas
usadas para promover a causa de Cristo neste mundo (2 Pe 3:7).
Admirando o que
vê, João tenta adorar aos pés do anjo, mas é repreendido por isso (vs. 8-9).
Eles eram apenas instrumentos na instrução de João nos assuntos proféticos
deste livro; eles não deveriam ser feitos mais do que eram. Em contraste com as
profecias do Velho Testamento, que foram seladas até o fim do tempo (Dn 12:4),
essas coisas não são seladas porque o
retorno do Senhor e os juízos que se seguem estão prestes a cair sobre este
mundo. O Senhor, portanto, diz: “Não
seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo” (v.
10). Então as coisas estarão em um estado permanente. Todos serão abençoados
por Deus ou estarão sob o juízo de Deus (v. 11).
Cap. 22:12-15 –
O segundo anúncio da vinda do Senhor
está relacionado com o fato de que Ele está trazendo Sua recompensa com Ele (v.
12). Isto é uma alusão ao tribunal de Cristo, que envolve o julgamento tanto
dos crentes como dos incrédulos. Os perdidos serão julgados na Aparição e no
reino de Cristo (2 Tm 4:1), mas os crentes terão suas recompensas demonstradas naquele
dia. Este é outro incentivo para se viver para Cristo. Novamente, uma condição permanente
decorrerá; aqueles que “lavam as suas
vestiduras no sangue do Cordeiro” serão abençoados, e aqueles que não as
lavaram serão condenados para sempre.
Cap. 22:16-21 –
O terceiro e último anúncio da vinda
do Senhor tem propósito de avivar as afeições nupciais em nossos corações e
despertar a preocupação pelos perdidos, de que possam ser salvos. O Senhor Se
apresenta de duas maneiras:
- De uma maneira que se refere às profecias do Velho Testamento – “a raiz e a geração de Davi” (v. 16).
- De uma maneira que está distintamente no caráter do Novo Testamento – “a resplandecente estrela da manhã” (v. 16).
Isso desperta a
afeição da noiva para pedir ao Senhor que “venha”
(v. 17). O “Espírito e a noiva” [TB]
dizem isso juntos, indicando que o Espírito de Deus produziu nos santos esse
santo desejo, e são vistos como um, com a mente do Espírito. Um segundo chamado
é feito ao restante do céu para se unirem ao chamado para o Senhor “vir” e fazer com que essas coisas
aconteçam. Estar em comunhão com a mente do Espírito não é apenas ter um desejo
vivo de que o Senhor venha, mas também ter um forte interesse na salvação dos
perdidos. Por isso, um terceiro chamado para “vir” é dado pelo Espírito e pela noiva àqueles que ainda são
estranhos à graça de Deus, para que tomem da “água da vida” e sejam salvos.
Uma advertência
então é dada a qualquer um que tire “as
palavras da profecia deste livro”. Todos os que o leem devem estar atentos
em não deixar que a mente profana do homem se intrometa na revelação divina (v.
18-19).
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