A SÉTIMA VISÃO – O Juízo
dos Mortos Ímpios
Cap. 20:12-13 – Esta cena final de
julgamento é a dos mortos ímpios. O último ato registrado no tempo é o julgamento daqueles que seguirem Satanás em sua
revolta final; o primeiro ato registrado na eternidade é a ressurreição e julgamento
dos mortos ímpios. Entre esses dois eventos, a “terra e o céu” fugirão da “presença”
daqu’Ele que está sentado no trono. Eles na verdade acontecem ao mesmo tempo.
Neste ponto, ocorrerá o derretimento dos elementos de toda a criação (2 Pe
3:7-12). Isso não incluirá a morada de Deus (“o terceiro céu”), pois o fogo da purificação não pode tocá-la.
Não haverá uma ressurreição
universal de todos os homens. A Escritura indica que há duas ressurreições: uma
“ressurreição da vida” e uma “ressurreição da condenação” (Jo
5:28-29; At 24:15). Este capítulo chama a ressurreição da vida de “a primeira ressurreição” (v. 5). Ela
envolve apenas os justos. O fato de que diz: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram”,
indica que há outra ressurreição após a primeira ressurreição – e compreende os
ímpios. Por isso, poderia ser chamada de “a segunda ressurreição”.
Os ímpios mortos desde o início dos
tempos serão ressuscitados para receberem sua sentença eterna de juízo. Eles
ficarão suspensos no espaço, diante de seu Criador e serão sentenciados a uma
eternidade perdida no “lago de fogo”
– o inferno (Jó 14:12). Ao contrário do ensino popular, não há ninguém no
inferno ainda (o lago de fogo). Aqueles que morreram em seus pecados estão
atualmente em “prisão” no hades (1
Pe 3:19), que é um estado temporário de confinamento para espíritos desencarnados
que estão perdidos. As primeiras pessoas a serem lançadas no inferno (o lago de
fogo) serão a besta e o anticristo, então, todos aqueles que rejeitaram o
evangelho da graça de Deus nas nações ocidentais serão colocados lá pelos anjos
(o julgamento da colheita). Os ímpios mortos serão os últimos a serem enviados para lá. Uma vez que essas pessoas serão
ressuscitadas dos mortos para ficarem diante do grande trono branco, elas serão
lançadas vivas ao lago de fogo (espírito, alma e corpo) e sofrerão em interminável
separação de Deus.
Todos os que não forem encontrados
escritos no “livro da vida” serão
julgados de acordo com suas obras, conforme registrado nos “livros”. O fato de haver livros indica que Deus mantém registros
das vidas dos homens. Cada pensamento, palavra e obra são registrados lá. Lucas
12:47-48 indica que haverá vários graus de punição para os perdidos no inferno.
Será um juízo justo, e eles serão punidos “segundo
as suas obras”. Ninguém sofrerá por algo que não fez.
Cap. 20:14-15 – “Morte e Hades” (TB) são personificados
como poderes e são lançados no lago de fogo em derrota eterna. Ambos passaram a
existir porque o homem pecou, mas agora não haverá mais necessidade deles. “O lago de fogo” é o eterno depósito
dos perdidos onde eles sofrerão. Um “lago”
denota um local de confinamento; águas de vários riachos e rios fluem para
dentro dele e são ali confinadas. “Fogo”
é um símbolo de juízo em toda a Escritura. Portanto, os perdidos estão em um
lugar de confinamento eterno sob o juízo de Deus. Deus nunca pretendeu que
nenhuma pessoa acabasse naquele terrível lugar de juízo; ele foi preparado para
o diabo e seus anjos (Mt 25:41). Mas os homens iníquos que recusarem as
manifestações do amor e da graça de Deus para com eles, também acabarão lá.
O fato de que
esse juízo de pessoas iníquas é chamado de “a
segunda morte” mostra que elas não deixaram de existir quando
experimentaram a primeira morte (morte física). Se não restasse nada delas
depois que morressem, como alguns falsamente ensinam, então elas não
vivenciariam esse juízo.
Alguns pensam que “eterna perdição” (2 Ts 1:9; Fp 3:19;
Mt 7:13; 2 Pe 2:1, 12, 3:16, etc.) significa que as pessoas são consumidas pelo
fogo do juízo de Deus e deixam de existir depois disso. Essa falsa doutrina é
chamada de aniquilacionismo. A Palavra de Deus, no entanto, indica que a “eterna perdição” não tem a ver com a perda do seu ser, mas com a perda do seu
bem-estar.
Está claro em Jó 30:24 que os
perdidos ainda existem depois que morrem. Ali diz que eles “clamam” mesmo depois de
terem sido destruídos. Apocalipse 19:20 nos diz que a besta e o falso profeta
foram lançados vivos no lago de fogo. Então, no capítulo 20, somos informados
de que o diabo é colocado no abismo durante o Milênio e depois solto. E depois
de uma breve rebelião, lemos: “E o
diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a
besta e o falso profeta” (Ap 20:10). Observe: a besta e o falso profeta
ainda estavam lá no lago de fogo após o reinado de mil anos de Cristo! Eles não
deixaram de existir. O Senhor Jesus disse: “Aquele
que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a
vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3:36). “Permanece” é algo em andamento. Se a
ira de Deus permanece no incrédulo, deve haver a existência do incrédulo para
que ela permaneça sobre ele. Novamente, diz em Apocalipse 14:11, “E o fumo do seu tormento sobe para todo o
sempre”. O tormento significa uma condição que requer que uma pessoa viva o
sofra. Você não pode atormentar o que não existe. O Senhor também disse: “Onde o seu bicho não morre” (Mc 9:48).
Isso indica que os tormentos de uma consciência culpada não morrerão nos
perdidos sob o castigo eterno. Além disso, várias passagens das Escrituras nos
dizem que o fogo do juízo de Deus “nunca
se apagará” (Mt 3:12; Mc 9:43, 45; Lc 3:17). Que necessidade haveria dele
se aqueles que são lançados ali fossem aniquilados imediatamente? Alguns nos
dizem que a morte em si é o juízo. Mas a Escritura diz: “Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso (da morte) o juízo”
(Hb 9:27). Se “depois” da morte é o juízo, como poderia a morte ser o juízo?
Mesmo em nossa linguagem comum, “perdição” não significa o fim da
existência. Por exemplo, se pegássemos um machado e destruíssemos uma linda
mesa de madeira, haveria uma pilha inútil no chão, com o mesmo tanto de
material de quando ela era uma mesa bonita e útil. Uma vez que foi destruída,
ela não é mais útil para o propósito para o qual foi feita. É o mesmo com a
destruição dos seres humanos. O homem foi feito para a glória de Deus (Is
43:21; Ap 4:11). Se ele entrar em “eterna
perdição”, não poderá mais ser ajustado, por meio da salvação, para o propósito
para o qual ele foi criado.
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