Os Direitos de Cristo por Meio da Redenção
Cap. 5:1-14
Vs. 1-4 – Como o
capítulo 4, o capítulo 5 é uma cena no céu. Tem a ver com “o livro” e com aqu’Ele que é digno de abrir seus “selos”. O livro (um pergaminho) não é
a Bíblia, mas o título de posse da herança. Ele estabelece o propósito e o
conselho de Deus em relação à bênção do mundo inteiro sob o reino de Cristo. O
livro revela como Ele fará isso
acontecer, que será por meio dos Seus “juízos”
(Is 26:9).
Se a herança
deve ser reivindicada para Deus, a grande questão é quem pode fazer isso? Quem pode remover o vasto sistema do mal que
veio por meio do pecado e da rebelião do homem de uma maneira que satisfizesse
as exigências do trono? E quem pode trazer o vasto sistema de bênçãos que a
bondade de Deus propôs para todos no céu e na Terra? Todo o universo é desafiado
com essas grandes questões pela proclamação de “um anjo forte” – e ninguém é encontrado entre todas as criaturas
de Deus que seja digno ou capaz.
Por milhares de
anos, os homens se esforçaram para reprimir os males do mundo e introduzir uma
condição de paz e bem-estar na Terra, mas nenhum deles conseguiu fazê-lo.
Literalmente, tudo foi experimentado na tentativa de conseguir isso. Os homens
aplicaram todas as formas de governo – monárquico, ditatorial, republicano,
democrático, socialista etc., mas nenhum foi bem-sucedido. Nem a religião nem a
força militar foram capazes de reformar as nações do mundo. Homens tentaram
aplicar leis por meio de tribunais de justiça e fizeram proliferar na Terra
reformatórios e prisões, mas nenhuma dessas coisas também funcionou. Vez ou
outra toda classe de homens tentou corrigir o curso deste mundo de uma forma ou
de outra: reis, nobres, comandantes militares, as pessoas comuns na sociedade
se unindo por uma causa ou outra, mas esses também, não conseguiram. Entre todos
eles também não foi encontrado ninguém com a capacidade ou a dignidade de
trazer paz e bênção para este mundo. Todos falharam porque só consideraram os
direitos do homem e ignoraram os direitos de Deus e as exigências do Seu trono.
Vs. 5-6 – Nossos
olhos são então voltados para ver esses requisitos atendidos perfeitamente em
Cristo. Ele é descrito de duas maneiras;
em primeiro lugar, como “o Leão”, e
em segundo lugar, como “o Cordeiro”.
Como um “Leão” Ele é visto como capaz, pois um leão é conhecido por sua
força (Pv 30:30). Como um “Cordeiro”,
Ele é mostrado digno, porque embora
seja desprezado pelos homens, Ele venceu o pecado pela morte. Ele é apresentado
como tendo três atributos divinos:
- Suas “sete pontas [chifres]” simbolizam Sua plenitude em poder – Sua onipotência.
- Seus “sete olhos” simbolizam Seu completo esquadrinhar de todas as coisas – Sua onisciência.
- Ter os “sete Espíritos de Deus enviados a toda a Terra” – fala de Sua onipresença.
Vs. 7-8 – Há
duas ações distintas que seguem: tomar
o livro e a abrir seus selos (cap.
6:1, etc.). Tomar o livro significa o direito
de Cristo à herança como o Cordeiro, e a abertura de seus selos significa o poder de juízo de Cristo para
reivindicar a herança como o Leão. Tomar o livro significa que o tempo da “paciência de Jesus Cristo” já passou
(cap. 1:9), e é chegada a hora da autoridade do Seu senhorio e poder. Quando
Ele toma o livro, imediatamente os anciãos no céu, agindo como sacerdotes, prostram-se
diante d’Ele tendo “harpas” e “salvas de ouro” (v. 8).
- As “harpas” falam dos louvores dos santos.
- As “salvas [taças]” falam das orações dos santos.
Isto indica que
esta companhia celestial de homens redimidos (os 24 anciãos) entende que Cristo
está prestes a responder às orações dos santos que por milhares de anos O
chamaram para vir e endireitar o mundo para a glória de Deus (Lc 18:7). Porém,
mais especificamente, os santos que oram, com os quais a companhia celestial de
anciãos está tão profundamente interessada, são aqueles que sofrem na Terra por sua fé durante o tempo em que os
juízos apocalípticos deste livro serão derramados. Esses santos são crentes no
evangelho do reino que será pregado naquele dia. Eles são aqueles a quem Deus
redimiu da nação de Israel e das nações gentias (cap. 7). Os anciãos no céu são
vistos como sacerdotes e observadores celestiais em conexão com esses santos
sofredores da Terra.
Contudo, antes
de Cristo abrir os selos e ordenar que os juízos caiam sobre a Terra, todo o
céu irrompe em louvor àqu’Ele que é capaz e digno (vs. 9-14).
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