A Transferência
do Governo da Terra, dos Anjos para os Homens Redimidos
As escrituras
indicam que o governo do “mundo futuro”
(o Milênio) estará nas mãos dos homens – homens redimidos (Hb 2:5). Atualmente,
a Terra está sob a jurisdição dos anjos, que agem por Deus administrativamente
na execução de Seus tratamentos governamentais com os homens. Depois que a
presente dispensação da graça chegar ao fim e a Igreja tiver sido chamada para
o céu, haverá um tempo em que os anjos serão reunidos e dispensados de seu
ofício atual (Hb 12:22-23 – “miríades de
anjos; À universal assembleia” – AIBB),
e esse ofício será transferido para as mãos dos homens glorificados.
Isso é visto
aqui em Apocalipse 4-5. As “quatro
criaturas viventes” (JND) representam (simbolicamente) os atributos do
poder providencial na execução do juízo na Terra. Elas não são criaturas reais,
mas emblemas da habilidade de Deus de
governar a Terra providencialmente. Elas são descritas como “um leão” (poder), “um bezerro” (firmeza), um “rosto
como de homem” (inteligência) e “uma
águia voando” (rapidez de execução). Essas criaturas viventes são vistas no
capítulo 4 como mescladas com os anjos. (não distintas deles) Elas são vistas
como uma companhia agindo para Deus em Seu governo da Terra. Assim, a
administração atual da Terra é exercida pelos anjos. Mas então, no capítulo 5,
quando o Cordeiro toma o livro, “as
quatro criaturas viventes” são vistas como separadas e distintas dos anjos.
Agora elas estão mescladas com os anciãos (homens glorificados e redimidos)
como uma só companhia. Elas são vistas agindo em conjunto com os anciãos na
função sacerdotal de louvor (“harpas”),
em oração (“salvas de ouro cheias de
incenso”) e no cântico do hino dos remidos (Ap 5:8-10). Isso mostra que
elas não poderiam ser criaturas reais criadas por Deus como são os anjos,
porque todas tais criaturas não conhecem nem cantam a canção da redenção. Esta
mudança indica que a administração da Terra será então transferida para as mãos
dos homens remidos que são glorificados (Lc 19:16-19; Rm 8:17; 2 Tm 2:12; Hb
2:5; Ap 21:9-22:5).
W. Kelly disse:
“As criaturas viventes em si, representam os atributos do poder providencial na
execução do juízo; mas a comparação dos capítulos [4 e 5] aponta para uma
mudança em sua administração a partir dos anjos, que são agora os agentes, para
os redimidos que serão, então, os agentes. Assim, no capítulo 4, os anjos estão
mesclados como se estivessem nas criaturas viventes; já no capítulo 5 eles são vistos
como distintos em visto dos co-herdeiros de Cristo, a quem Deus sujeitará o
vindouro mundo habitado, e não aos anjos. (Hb 2:5)” (Revelation Expounded, pág. 87).
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